APOIO LOGÍSTICO E HUMANITÁRIO

OTAN afirma que não deve enviar tropas para lutar ao lado de forças ucranianas

Por Marcelo - Em 01/03/2022 às 1:17 PM

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, voltou a afirmar, nesta terça-feira (1º), que os 30 países que integram a aliança militar multinacional condenam o ataque russo à Ucrânia, mas que a organização não enviará tropas para lutar ao lado das forças de resistência ucranianas. A Ucrânia não faz parte da OTAN, embora seja considerada um país-parceiro e, há anos, venha sinalizando a intenção de participar da aliança – movimento combatido pelo governo russo, que teme o aumento da influência dos Estados Unidos no Leste da Europa.

Ataque em Kharkiv deixou ao menos dez mortos e dezenas de feridos              Foto: Divulgação

“Os aliados da OTAN fornecem diferentes tipos de apoio militar (ao governo ucraniano): material, armas antitanque, sistemas de defesa aérea e outros tipos de equipamentos militares, além de ajuda humanitária e também apoio financeiro, mas a OTAN não deve fazer parte do conflito e não enviará tropas ou aviões para a Ucrânia”, disse o secretário-geral, esta manhã, após visitar uma base aérea polonesa na companhia do presidente da Polônia, Andrzej Duda.

Stoltenberg disse que o presidente russo Vladimir Putin “destruiu a paz na Europa” ao atacar a Ucrânia de forma “inaceitável”, e que, por isto, a OTAN acionou, pela primeira na história, sua Força de Resposta Militar, cujo efetivo já está sendo mobilizado por terra, mar e ar. “A guerra de Putin afeta a todos nós. E os Aliados da OTAN estarão sempre juntos. Para defender e proteger uns aos outros”, disse o secretário-geral,.

Ele citou a presença de jatos de combate dos Estados Unidos na base aérea polonesa de Lask e a iminente chegada de tropas francesas à Romênia. “Protegeremos e defenderemos cada centímetro do território da OTAN”, acrescentou Stoltenberg. “Mas não buscamos o conflito com a Rússia, que deve parar imediatamente a guerra, retirar todas as suas forças militares da Ucrânia e se engajar de boa fé nos esforços diplomáticos”.

Ao responder às perguntas de jornalistas presentes na base aérea de Lask, o presidente polonês Andrzej Duda reforçou a fala de Stoltenberg, assegurando que mesmo que países-membros da OTAN forneçam apoio humanitário ou militar à Ucrânia, a organização, institucionalmente, não tomará parte no conflito. “Como o secretário-geral disse, não estamos enviando jatos para a Ucrânia pois isto configuraria uma interferência militar no conflito ucraniano. A OTAN não é parte nesse conflito. No entanto, a Polônia está apoiando os ucranianos com ajuda humanitária”, salientou.

“Crime de guerra”

Por sua vez, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que os bombardeios russos em Kharkiv – que matou ao menos dez pessoas e deixou outras dezenas feridas -, configuram um “crime de guerra”, que precisa ser devidamente investigado. Apesar disso, destacou que a prioridade das forças militares ucranianas é defender a capital, Kiev.

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