Foto: Agência Brasil

A pesquisa do Instituto AtlasIntel, divulgada nesta quarta-feira, 21, revela uma mudança no cenário eleitoral para a Prefeitura de São Paulo. O deputado federal Guilherme Boulos (PSol) continua liderando a disputa, com 28,5% das intenções de voto, seguido pelo atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que registra 21,8%. No entanto, um dado que chama a atenção é o crescimento de Pablo Marçal (PRTB), que agora aparece com 16,3% das intenções de voto, consolidando-se como o terceiro colocado.

Este avanço de Marçal, ainda que não configure um empate técnico com Nunes, mostra um movimento significativo em direção ao eleitorado que anteriormente apoiava o prefeito. O crescimento do candidato do PRTB sugere que ele tem conseguido captar parte dos votos de Nunes, sobretudo entre os eleitores que se identificam com a direita e com o bolsonarismo.

Em comparação com a última pesquisa do mesmo instituto, publicada no início de agosto, Boulos e Nunes apresentaram uma ligeira queda. Naquela ocasião, o deputado federal liderava com 32,7%, enquanto o atual prefeito tinha 24,9%. Marçal, por sua vez, tinha 11,4%, o que indica um crescimento de 4,9 pontos percentuais em pouco mais de duas semanas.

Além de Boulos, Nunes e Marçal, outros nomes que compõem a disputa incluem a deputada Tabata Amaral (PSB), com 12% das intenções de voto, e o apresentador José Luiz Datena (PSDB), com 9,5%. A pesquisa também registrou a participação de outros candidatos, como Marina Helena (Novo) e Altino Prazeres Jr. (PSTU), mas com percentuais menores.

O levantamento também considerou o cenário de votos válidos, excluindo os votos brancos, nulos e eleitores indecisos. Nesse quadro, Boulos aparece com 30,7% dos votos válidos, seguido por Nunes, com 23,5%, e Marçal, que registra 17,6%. Esses números reforçam a tendência de crescimento de Marçal, que vem se aproximando dos dois líderes da disputa.

A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 20 de agosto, com 1.803 eleitores, e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo SP-02504/2024. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, o que mantém a disputa ainda aberta, especialmente no que diz respeito à definição dos dois candidatos que devem avançar para o segundo turno.