Queda de 11 pontos

Pesquisa Datafolha – Lula tem aprovação de 24% e reprovação de 41%

Por Oceli Lopes - Em 15/02/2025 às 11:56 AM

Lula Foto Agência Brasil.web

Crise do Pix e inflação dos alimentos são os fatores apontados para a queda na popularidade do governo petista. Foto Agência Brasil

A aprovação do presidente Lula (PT) desabou em dois meses de 35% para 24%, chegando a um patamar inédito para o petista em suas três passagens pelo Palácio do Planalto. A reprovação também é recorde, passando de 34% em dezembro de 2024 a 41% em fevereiro de 2025.

Acham o governo regular 32%, ante 29% em dezembro passado, quando o Instituto Datafolha havia feito sua mais recente pesquisa sobre a popularidade do presidente. Neste levantamento, foram ouvidos 2.007 eleitores em 113 cidades, na segunda (10) e na terça-feira (11), com margem de erro geral de dois pontos para mais ou menos.

O tombo demonstra o impacto de crises sucessivas pelas quais passa o governo, sendo a mais vistosa delas a do Pix. Ela ocorreu em janeiro, com a divulgação de que o governo iria começar a fiscalizar transações superiores a R$ 5.000 por essa modalidade instantânea de transferência bancária.

A inflação de alimentos é um foco constante de preocupação, e o presidente não contribuiu com frases como aquela na qual sugeriu que as pessoas parassem de comprar comida cara. Se na teoria parece lógico, soou como um lavar de mãos, devidamente aproveitado pela mais ágil oposição.

Resultado: Lula colheu a pior avaliação de sua vida como presidente da República. A pior havia atingido 28% de ótimo e bom em outubro e dezembro de 2005, no auge da crise do escândalo do mensalão, em seu primeiro mandato (2003-06). Já o maior índice de ruim e péssimo fora registrado em dezembro passado (34%).

Na parcela dos entrevistados que ganham até dois salários mínimos a aprovação caiu de 44% para 29%. Eles representam 51% da amostra populacional do Datafolha, e a margem de erro no grupo é de três pontos percentuais apenas.

Nos 33% dos ouvidos que só têm Ensino Fundamental, o tombo foi também de 15 pontos: de 53% para 38%. Aqui, a margem de erro é de quatro pontos.

Mesmo no Nordeste, reduto eleitoral por excelência do petismo apesar do avanço do bolsonarismo, houve grande prejuízo, com o ótimo/bom deslizando de 49% para 33%, numa região que concentra 26% do eleitorado, com margem também de quatro pontos.

Com informações do site UOL.

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