Observatório Febraban
Pesquisa revela preocupações dos brasileiros com fake news e eleições
Por Redação IN Poder - Em 30/07/2024 às 3:20 PM
A 16ª edição da pesquisa Observatório Febraban, conduzida pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre 4 e 10 de julho, entrevistou 3 mil pessoas em todo o país. O estudo revelou que 88% dos brasileiros apoiam punições para candidatos que usam ou se beneficiam de notícias falsas durante as eleições. A punição mais defendida, por 52% dos entrevistados, é a impugnação da candidatura, seguida por multas em dinheiro (14%), suspensão da campanha (12%) e da propaganda eleitoral (10%), e repreensão pública (3%).
A pesquisa destacou que 73% dos brasileiros desejam punições severas para quem se aproveita de Fake News durante o período eleitoral. Além disso, 59% afirmaram já ter recebido notícias falsas, 30% se sentiram prejudicados por elas, e 25% relataram conflitos em grupos de WhatsApp devido a discussões políticas.
Quanto ao interesse nas eleições, 68% dos entrevistados demonstraram grande interesse, considerando a escolha do prefeito importante para 93% e a dos vereadores para 79%. Para 43%, as propostas dos candidatos são o principal fator na decisão de voto, enquanto 29% valorizam a experiência administrativa e 17% se baseiam no desempenho em debates.
A televisão (37%) e as redes sociais (30%) são os meios mais utilizados para se informar sobre as eleições, com os meios digitais liderando com 43% no total. Entre as fontes de informação mais importantes, 22% dos entrevistados destacam os debates televisivos, enquanto 16% preferem acompanhar os candidatos nas mídias sociais.
Quando perguntados sobre a continuidade ou mudança na administração municipal, 33% preferem a continuidade, 31% desejam mudanças parciais e 30% querem uma mudança total. Para 39%, a preferência é por candidatos com experiência política que ainda não tenham sido prefeitos.
A saúde pública é a principal prioridade para 55% dos entrevistados, seguida por emprego, renda e educação (10%) e segurança pública (9%). A pesquisa também apontou que 36% consideram a religião importante na escolha dos candidatos, com 43% dos evangélicos e 31% dos católicos afirmando que a religião do candidato influencia seu voto.