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Nesta terça-feira, 7, o Partido da Mulher Brasileira (PMB) formalizou seu apoio à candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) para a Prefeitura de São Paulo, após decisão do diretório municipal. O partido também anunciou a expulsão do ex-ministro Abraham Weintraub e de seu irmão, Arthur Weintraub, que haviam manifestado interesse em concorrer à Prefeitura pelo PMB.

Rodrigo Fazito, presidente municipal da legenda, explicou que a decisão seguiu uma discussão interna iniciada após o evento de aliança com Boulos promovido por Suêd Haidar, presidente do diretório nacional. “Foi um momento decisivo para o partido, e, naturalmente, houve um debate interno sobre a direção a ser tomada”, comentou Fazito.

Alguns membros do PMB tinham inclinações para apoiar a candidatura de Tabata Amaral (PSB). Contudo, após intensas discussões e solicitações de recontagem de votos, o apoio a Boulos prevaleceu com 55 votos contra 33 para Amaral. “Optamos por concentrar nossos esforços na candidatura majoritária e abrir mão de outras disputas”, esclareceu Fazito.

Abraham Weintraub, que inicialmente buscava uma candidatura independente após não conseguir o apoio do PMB para sua candidatura publicada nas redes sociais em março, afirmou que recorrerá à Justiça para disputar a eleição como candidato sem partido. “Se o Supremo Tribunal Federal negar, vou recorrer internacionalmente, pois sou cidadão europeu e isso violaria um direito pessoal meu, com implicações legais para quem estiver responsável”, declarou Weintraub.

De acordo com o 14º artigo da Constituição Federal, candidatos sem vínculo partidário não são permitidos. Alberto Rollo, advogado especializado em Direito Eleitoral, aponta que, embora o ex-ministro tenha o direito de buscar a oficialização, apenas os filiados escolhidos em convenções partidárias podem concorrer a cargos eletivos. “Diversas tentativas de candidatura independente foram negadas até agora”, ressaltou Rollo em entrevista ao Estadão.

Em seu canal no YouTube, Weintraub divulgou um plano de governo que inclui a redução de secretarias e investimentos em segurança pública, mencionando Carlão Reaça (PMB) como seu potencial vice. Ele criticou o apoio do PMB a Boulos, argumentando que a sigla apoia candidatos divergentes, como Boulos e Cristina Graeml (PMB), candidata à Prefeitura de Curitiba, que Weintraub considera de extrema direita.