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Após batalha judicial que reativou o diretório do PDT no Ceará – após a Executiva nacional do partido ter inativado toda a composição no início deste mês-, o grupo liderado pelo senador Cid Gomes (PDT) tem a possibilidade de alçar o FG à presidência da sigla no Estado nesta segunda-feira, 16.

A reunião do diretório ocorrerá a partir das 15h na sede do partido e tem como objetivo eleger uma nova Executiva. Em agenda internacional ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o presidente nacional interino e presidente estadual do PDT, deputado federal André Figueiredo, não vai participar do encontro do corpo diretivo. Neste domingo, 15, a comitiva brasileira desembarcou na China, intensos compromissos na Índia.

A mudança no comando do PDT Ceará é pleito antigo dos cidistas – maioria na legenda brizolista – e é vista como uma movimentação para “apaziguar os ânimos”, bem como aproximar a sigla da gestão Elmano de Freitas (PT). Desde as eleições de 2022, quando grande parte dos pedetistas – deputados federais, estaduais e o próprio senador – apoiou a chapa de Elmano na disputa pelo Palácio da Abolição, em detrimento da campanha do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), o partido está rachado e os grupos se digladiam.

Como tem ampla maioria lhe apoiando, Cid luta para comandar o PDT desde julho, com prerrogativa de organizar o partido para as eleições do próximo ano. Segundo o parlamentar, prefeitos e membros que desejam concorrer em 2024 estavam preocupados com a ‘falta de gestão’ e diálogo por parte de André. Por conta disso, em um acordo com o próprio André, Cid assumiu interinamente a legenda até o fim de dezembro, mas sua gestão foi encerrada pelo deputado federal e presidente nacional interino do PDT antes do prazo acabar.

Agora, com a possibilidade de ser alçado novamente presidente, desta vez de forma efetiva, Cid pode dar continuidade aos planos de reconstruir a aliança entre pedetistas e petistas, visando principalmente as eleições municipais do próximo ano.

Entretanto, a missão de pacificar o partido será ainda mais complexa. Isto porque apesar de ter a maioria entre os filiados do PDT no Ceará, no diretório da sigla em Fortaleza, o grupo de André e RC é maior. E tal composição não pretende apoiar as decisões do senador, especialmente quando o assunto é a reeleição do prefeito José Sarto (PDT).

Ou seja, Cid pode até assumir a presidência do PDT no Ceará nesta segunda-feira, mas não terá vida fácil no comando, especialmente por ter André, enquanto presidente nacional, de olho em cada passo que der. Mais um capítulo do entrave está para ser conhecido.