CÚPULA DO CLIMA
Roberto Cláudio afirma que preservação ambiental é imperativo da humanidade
Por Marcelo - Em 22/04/2021 às 6:02 PM
O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, publicou um artigo na edição desta quarta-feira (22), no jornal O Estado de São Paulo, no qual faz uma profunda reflexão sobre a questão climática mundial e as críticas que o Governo Federal vem recebendo por sua atuação nesta área, trazendo até mesmo problemas comerciais.
“É como se só o governo brasileiro não soubesse que a preservação ambiental não é mais uma opção ideológica, mas um imperativo da humanidade. Não há espaços para otimismos com o resultado da Cúpula, mas ela abre, sim, possibilidades reais, inclusive, para outros atores”, afirmou.
Ele afirmou que segundo o INPE, as queimadas no Pantanal aumentaram 210% em 2020, frente ao ano anterior. E de acordo com um levantamento do Imazon, somente no último mês de março foi registrado o maior desmatamento, num período de dez anos, na Amazônia Legal. Seriam 810 km², alta de 216% comparado a março de 2019.
Salientou que a pressão de líderes internacionais durante a Cúpula do Clima, poderá levar a uma mudança de discurso, posicionamento administrativo e, principalmente, ações políticas por parte do Governo Federal. E que o protagonismo dos municípios, efetivado no Acordo de Paris, poderá levar as cidades a se inserirem no esforço global pela redução da emissão de gases de efeito estufa.
E lembrou que em Fortaleza está sendo desenvolvida uma ampla política de mobilidade sustentável, voltada ao acesso ao transporte público, criação de novas infraestruturas e estímulos ao uso de outros meios de transporte, ao invés do transporte automotivo individual.
Como a implantação de BRTs, corredores exclusivos para ônibus, novos modais ferroviários – metrô e VLT, em parceria com o Governo do Ceará -, ampliação e requalificação dos terminais de ônibus e implantação do primeiro Plano Diretor Cicloviário Integrado do País.
“A grande corrida competitiva atual é por tecnologias e formas de produção que mitiguem o impacto ambiental, por fontes alternativas de energia, pela preservação das áreas de proteção. Pela natureza, o Brasil poderia estar na liderança desse esforço global. Mas aqui o que tem faltado é sensibilidade e vontade política”, completou Roberto Cláudio