RC elencou o aumento no número de secretarias e considerou o aumento do ICMS. Foto: Divulgação

O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), disse estar preocupado com o Estado após os primeiros 100 da gestão do governador Elmano de Freitas (PT). Ele citou algumas medidas tomadas pelo petista como justificativa para sua preocupação e considera que os “sinais” apontados podem ser ‘corrigidos’ pelo chefe do Palácio da Abolição.

“O que a gente faz é pegar no pulso, na linguagem do médico; é pegar na temperatura da água; é ser termômetro dos caminhos. E tenho avaliações desses 100 dias que me preocupam aqui no Governo do Estado. 100 dias não são os quatro anos, mas são os sinais. E acho alguns sinais que me preocupam, que podem ser corrigidos”, iniciou Roberto em entrevista concedida a TV Monólitos.

Entre as ações tomadas por Elmano no comando do Estado, RC elencou o aumento no número de secretarias e considerou o aumento do ICMS – de 18% para 20% a partir de 2024 – como “sinal contraditório e perigoso”, especialmente por conta de ter criado novas pastas do governo.

“O aumento exorbitante, e sem precedentes, da máquina pública no momento de incerteza da economia. Governo, quando a economia não vai bem, é dar eficiência ao gasto, economizar. É ter a garantia de ter recurso em caixa sem ter otimismo quanto a economia, você tem que ter segurança. É assim que a dona de casa faz, é assim que o bom comerciante faz e assim que um bom gestor público tem que fazer”, declarou.

“Foram criadas 17 secretarias novas, entre secretarias e assessorias com status de secretário. E não é só o cargo, quando você cria uma estrutura dessas, quem entra quer contratar e precisa contratar. Vai pra Brasília buscar recursos, vai fazer projetos que vão ter custos pro Estado. Então não é prudente e essa foi a história do Ceará recente”, explicou o ex-prefeito de Fortaleza.