O candidato do PDT ao Governo do Ceará, Roberto Cláudio, participou nesta segunda-feira (8) da sabatina promovida pelo portal UOL e a Folha de S. Paulo, na qual respondeu a diversas perguntas sobre o seu projeto de gestão, caso venha a ser eleito, bem como as principais demandas que entende como importantes de serem solucionadas, como segurança e educação. Participaram da sabatina os jornalistas Fabíola Cidral, Carlos Madeiro e João Pedro Pitombo, que logo no início questionaram porque o PDT optou pelo seu nome, ao invés da governadora Izolda Cela, que seria a candidata natural à reeleição.

Roberto Cláudio disse que venceu disputa democrática interna no PDT         Foto: Divulgação

Ele respondeu que venceu um processo democrático, iniciado em outubro e finalizado em julho, dentro do PDT, que utilizou uma série de critério para definir o nome do candidato. “Utilizamos a votação do diretório, para ouvir as bases partidárias, no sentido de construir uma candidatura que pudesse construir de baixo para cima, e não de cima para baixo, uma candidatura que pudesse ser representativa da diversidade do pensamento do próprio PDT. Tenho muito respeito pela Izolda, que foi a primeira mulher a ser governadora do Ceará”, afirmou.

E ressaltou que não acha correto utilizar a máquina pública para ser um diferencial no processo de escolha. “Estou sempre combatendo esse tipo de conformismo com práticas que são ilegais, eticamente intoleráveis, mas que passaram a ser percebidas como naturais. E houve uma pesquisa em nível nacional, na qual pontuei 20% acima da governadora. E, em todas as análises de pesquisas quantitativas e qualitativas realizadas, sinalizavam que a nossa candidatura era a mais forte, para o enfrentamento ao candidato Capitão Wagner”, disse.

Lembrou que sempre foi um gestor aberto ao diálogo e ainda tentou, conversar com as lideranças do PT, sobre a aliança que havia com o PDT, para o Governo do Ceará, mas isso não foi possível. Entretanto, não descartou receber o apoio de Elmano de Freitas, caso venha a disputar o segundo turno com o candidato Capitão Wagner.

Sobre o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que houve alguns avanços, mas que teriam faltado ações mais efetivas com relação a mudanças em determinados pontos relevantes da política e da economia. “O Lula teve a oportunidade de fazer mudanças sociais que pudessem permitir um crescimento econômico mais longevo, mas não o fez. Tanto que o Brasil há dez anos vive um cenário de estagnação”, destacou.

E salientou que há alguns problemas estruturais no Ceará, como o tráfico de drogas, as facções criminosas e a educação, que precisam ser melhorados. “Não quero ser um crítico descomprometido e irresponsável dos problemas, quero apontá-los e para cada um deles dar um caminho de soluções. E implantar uma nova dose de ousadia, dinamismo e criatividade para construir um ciclo novo”, completou Roberto Cláudio.