Reconciliação
Sarto diz esperar que “o tempo” seja “conciliador” para que haja reaproximação entre PDT e PT no Ceará
Por Redação IN Poder - Em 14/04/2023 às 6:41 PM
Posto por ele mesmo como “reconciliador”, o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), disse esperar que o “tempo” seja “conselheiro” para que a reconstrução da aliança entre PDT e PT possa acontecer, ou – pelo menos – uma reaproximação para reatar amizades entre os filiados. Após o racha das siglas na eleição do ano passado, ambos os lados passaram a divergir e trocar acusações publicamente, abalando a relação entre Prefeitura e Governo do Estado.
“Sempre há espaço para razão. Com o tempo os sentimentos vão decantando e as pessoas vão percebendo que talvez se equivocaram. Errei ali, acolá. E eu estou torcendo que o tempo seja um bom conselheiro”, disse o prefeito em entrevista ao podcast “Que nem tu”, jornal do Diário do Nordeste.
Sarto também afirmou que não espera – em uma eventual reaproximação dos partidos – ter o apoio do senador licenciado e ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT) – atualmente no comando do Ministério da Educação (MEC) -, nas eleições do próximo ano, quando poderá tentar reeleição. Ele lembra, porém, que antes do pleito de 2022 havia uma amizade entre petistas e pedetistas – aliança de 16 anos no Ceará -, fato que ele espera reconstruir, mesmo que ainda permaneçam opositores.
“Não estou bem nesse rumo. Quero reconstruir relações. A relação política é apenas um aspecto delas. Podemos ser, muito bem, ser adversários, mas sem termos antagonismos pessoais. Reconstruir parcerias. Tínhamos amizades, porque isso é o que importa na vida. A vida é breve, passa muito rápido. A gente pensa que aprende na vida, e às vezes a gente faz é desaprender. Invés de nos tornamos maduros, nos tornamos imaturos”, declarou.
“Espero que o conselheiro tempo dê bons conselhos para todos, inclusive para mim.”
Aproximação com o PL
Quando anunciou o ex-deputado federal, Raimundo Gomes de Matos (PL), para presidir a Fundação da Criança e Família Cidadã (Funci), houve apontamento de que a gestão do prefeito estivesse se aproximando da direita. Isto porque Gomes de Matos foi candidato a vice-governador pela chapa de Capitão Wagner (União Brasil) e o PL possui filiados conservadores e de direita, além de ser o partido do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.
Sobre isto, Sarto garantiu que a movimentação em seu secretariado não representa aproximação com nenhum posicionamento político e ressaltou que sua atitude foi para garantir “governabilidade”.
“É natural que quem esteja noutro campo político, tente colocar uma pecha no adversário. Lula tem apoio de todo centrão. Elmano tem apoio de Republicanos, PL. Quem está no exercício do poder executivo tem que procurar governabilidade e isto se traduz objetivamente”, garantiu.
“Pra cá dois pesos, e uma medida. E pra lá dois pesos e quatro medidas. Vamos analisar, mas vamos da forma que ela é. Não há nenhum alinhamento político, governabilidade com quem quer que seja”, finalizou o prefeito.