O senador cearense Tasso Jereissati (PSDB-CE) demonstrou sua preocupação com o agravamento da pandemia de Covid-19 em todo o Brasil e realizou questionamentos ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante a sessão da tarde desta quinta-feira (11), realizada de maneira híbrida, pelo Senado Federal.

Tasso está preocupado com  falta de vacinas no Brasil                               Foto: Divulgação

Inicialmente ele falou que a sua preocupação está no limite de chamar de pânico. “Aqui no meu Ceará, hoje praticamente as vacinas estão acabando aqui, assim como em outros estados. E não vejo perspectiva de curtíssimo prazo que vacinas cheguem. E estamos na perspectiva de que a vacinação pare. Em alguns lugares já parou, como em Juazeiro do Norte”, afirmou.

Ressaltou que assim como ele, que perdeu um amigo de infância hoje, os brasileiros estão perdidos, pois de cara há uma contradição básica no Governo Federal, sobre gripezinha, cloroquina, vacina chinesa, em relação ao que o ministro Pazuello está falando neste momento.

“Quero lembrar que sobre politização, se não fosse a vacina do Butantan, no que dependesse apenas do Governo Federal, nós poderíamos estar perto de zero de vacinas hoje, Pois da AstraZeneca que estamos esperando, chegou só um pequeno volume”, disse o parlamentar.

“Agora nós estamos acreditando na ciência, na vacina. Vamos fazer uma grande mobilização para o afastamento social, fechamento de determinadas condições? Agora mesmo, uma preocupação que vem do Governo Federal. Enquanto vários estados acabaram com o ponto facultativo para que não houvesse aglomeração, o Governo Federal declarou ponto facultativo e os aeroportos estão cheios novamente”, lamentou.

E salientou que deve haver uma ação clara, objetiva, pelo menos daqui para a frente. “Os erros do passado é preciso reconhecer, um pouquinho de humildade. O caos foi instalado nesse País, tudo aconteceu errado. Vossa excelência se desdisse várias vezes. Já teve um momento em que o presidente da República desautorizou vossa excelência quando anunciou compra de vacinas do Butantan. Enquanto vossa excelência der essa impressão, estaremos vivendo essa insegurança e essa expectativa de só dias piores pela frente. Esta é a verdade que está acontecendo”, asseverou Tasso Jereissati.

Por sua vez, o ministro Pazuello afirmou que a expectativa do Governo Federal é imunizar toda a população “vacinável do Brasil” até dezembro deste ano, principalmente após o início da produção de vacinas pelo Instituto Butantan (CoronaVac) e Fiocruz (Oxford/AstraZeneca). E que o Brasil deverá ser um país produtor de vacinas e não um mero comprador.