A arte sempre foi um dos destaques da CASACOR São Paulo e em sua 36ª edição essa tendência ganha ainda mais espaço, seja pelas obras selecionadas para dar vida aos 74 ambientes da mostra, seja com o lançamento da Galeria Origami CASACOR, primeira galeria de arte dentro do evento paulista.

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Com a curadoria do gaúcho Cézar Prestes – cuja relação com a arte ultrapassa três décadas – a Galeria Origami CASACOR traz ao público a oportunidade de aproximação com artistas nacionais renomados. Nomes como Iberê Camargo, Amílcar de Castro, Tomie Ohtake, Rubem Valentim e Glauco Rodrigues guiam o surpreendente percurso.

“Não existe uma forma certa para interpretação do que se vê, tampouco uma ordem para o que se sente nesse espaço”, afirma Cézar. “Muitas vezes, o público espera que o artista lhe explique como interpretar a obra, quando na verdade o objetivo é a liberdade, afinal, como VOCÊ se sente?”.

Pensando nessa familiarização foi idealizado o “Papel da Arte”, evento fechado que acontece no dia 17 de junho, das 11h às 14h, e que reunirá arquitetos, amantes da arte e colecionadores. “É importante lembrar que todas as obras expostas aqui podem e devem ser adquiridas. A maioria delas foi pensada pelos artistas para perpetuação dos institutos de arte, tão carentes de iniciativas. O fomento à cultura nacional é o objetivo principal desse encontro especial”, reitera o curador.

Arquitetura

Linear, robusta e de leveza singular, a Galeria Origami CASACOR foi projetada por Gabriel de Lucca, arquiteto à frente do escritório GDL Arquitetura. Com 192m², a galeria possui predominância da madeira e do concreto em perfeito diálogo com o edifício. O percurso arquitetônico começa num amplo corredor linear paralelo a um labirinto, que distribui e organiza os trajetos de toda área expositiva sem necessariamente ditar sua exploração.

A escada é um dos destaques do espaço. Sua forma faz alusão ao Tsuru (ave sagrada e um dos mais tradicionais origamis da cultura japonesa) e o elemento construtivo convida o visitante a descobrir um mirante que permite uma vista sem obstruções do que acontece no seu entorno. De forma equilibrada, o invólucro arquitetônico se destaca entre as obras e peças que enfatizam e valorizam o design e a arte nacional.

Cada seccionamento do projeto foi pensado para obter uma condicionante visual diferente, explorando cheios e vazios, permitindo a percepção de caminhar dentro de um quadro.

Todas as obras dos artistas mencionados estarão à venda durante o período da mostra e parte das vendas serão revertidas para o Instituto Tomie Ohtake e o Instituto Rubem Valentim. Os interessados podem realizar a compra e buscar por mais informações no próprio espaço. Os valores começam em R$ 6 mil podendo chegar até R$100 mil.