A história do Teatro Oficina projeto de Lina Bo Bardi
A história do Teatro Oficina projetado pela arquiteta Ítalo- brasileira Lina Bo Bardi
Por Omar de Albuquerque - Em 17/07/2023 às 1:08 PM
A história do Teatro Oficina projeto de Lina Bo Bardi. Fundado por Zé Celso no bairro da Bela Vista, em São Paulo. O teatro oficina revolucionou a dramaturgia mantendo referências de sua história.
O Teatro oficina projetado pela arquiteta Ítalo-brasileira Lina Bo Bardi que marcou seu estilo modernista na arquitetura brasileira em décadas do século passado, está localizado no bairro da Bela Vista, em São Paulo, o prédio conhecido como “teatro de manifestação” – por meio de suas expressões teatrais, de música e de dança, a fim de aproximar o público dos artistas, além de tornar o espetáculo mais imersivo para o público, a primeira reforma foi realizada no local. Comandada pelo arquiteto Joaquim Guedes, o teatro tomou um formato de “sanduíche”, com o palco no centro e duas plateias ao redor. O fundador do Teatro Oficina, diretor e ator José Celso Martinez Correa, conhecido como Zé Celso, morreu nesta quinta-feira (6), aos 86 anos. A reforma propôs uma passarela central com 1,5 metros de largura e com 50 metros de comprimento, entre os acessos de frente e dos fundos. Um elemento surpresa na reforma foi anexada uma cachoeira, que funciona por um sistema que deságua no espelho d’água. Com capacidade de até 350 lugares, o público é disposto em galerias laterais, distribuídas em quatro níveis diferentes. Essa disposição aproxima os espectadores, que passam a fazer parte da peça. Além disso, a disposição dos assentos permite que o espectador tenha sua própria lógica e diferentes pontos de vista durante a apresentação. O edifício foi tombado, que levou o teatro brasileiro a uma nova fase – sendo reconhecido como Patrimônio Público Estadual, em 1982. No ano de 1984, a arquiteta Lina Bo Bardi entra em cena em parceria com o arquiteto Edson Elito, com um novo projeto para o teatro. A obra foi concluída em 1994 trazendo o conceito de um teatro democrático, em que a rua parecia invadir o espaço cênico.
Pesquisa e textos: Omar de Albuquerque Foto: Nelson Kon