Fomento

O banco do Brics

Por Admin - Em 02/02/2022 às 10:40 AM

Brasil é o primeiro em projetos.

O fomento ao desenvolvimento é uma das principais características da reconstrução da economia mundial a partir dos anos do Pós-Segunda Guerra. Instituições como FMI, Banco Mundial (Bird), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) formam o alicerce de uma política multilateral para recuperar, por meio de empréstimos e assistência técnica, o ritmo perdido com as crises mundiais. Mais recente é o NBD (Novo Banco de Desenvolvimento), conhecido como Banco do Brics. A saber: Brics é o bloco econômico integrado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e, desde 2021, Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai. Criado para dinamizar as relações Sul-Sul, ganhou envergadura e mais espaço de atuação. Hoje, seu braço bancário atende a projetos dos países-membros sendo um importante vetor de fomento. Para desespero dos antiglobalistas, o NBD está financiando, sim, a retomada da economia. Especialmente a partir da pandemia causada pelo corona vírus. E o Brasil tem-se destacado como cliente do banco. Desde de o início de 2020, teve nove projetos de financiamento aprovados, totalizando US$ 4,4 bilhões destinados a investimentos. Este volume dá ao nosso país o primeiro lugar entre os nove membros do Brics. De 2016 a 2019, o Brasil recorreu ao NBD para financiar seis projetos. Destes, cinco foram aprovados e um cancelado.

 

A FIA que descomplica a Economia.

Professor José Securato/Foto: Divulgação

A Fundação Instituto de Administração (FIA), vinculada à Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), tem um trabalho de decodificação da economia muito interessante. Como escola focada em pós-graduação em áreas como Economia, Administração e Marketing, a instituição tem ido além do ensino tradicional e buscado formas de tornar inteligível o tal do economês. Como ex-aluna da FIA, acabei incorporando essa mania de tentar tornar fácil a compreensão daquilo que alguns profissionais do mercado teimam em complicar. Aprendi com José Securato, professor-doutor titular da USP e da PUC-SP, e criador do Laboratório de Finanças da FIA Business School. A FIA segue nesta missão e, em meio a tantas incertezas que a pandemia gerou, se esforça para responder os questionamentos sobre as perspectivas da economia mundial. E como o Brasil se comporta nesse contexto. Em linguagem simples. O link www.fiaonline.com.br dá acesso a este trabalho superbacana e necessário da escola.

 

Já vimos este filme…

O investimento em ações era um universo inacessível aos trabalhadores até o momento em que foi liberado o uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)  para compra de ações. Este movimento tinha como objetivo popularizar o mercado de capitais. Até certo ponto, conseguiu. Muitos profissionais da carteira assinada se aventuraram comprando ações da Petrobras e da Vale com o seu saldo do FGTS. O quê se viu, a seguir, foi a conversa do cafezinho ou dos intervalos no chão de fábrica passar a ter como temas o fechamento da Bolsa, as altas e baixas das ações – especialmente dessas duas empresas – o fluxo de entrada de capitais… Enfim, o “será que eu ganhei?” que vem junto de qualquer investimento feito em Bolsas de Valores. Agora é a vez da Eletrobras. Com sua privatização anunciada pela atual equipe econômica, a empresa informou seu interesse em registrar, já no segundo trimestre, os pedidos para uma oferta global de ações. No Brasil, a ideia é distribuir ações na B3, a Bolsa de Valores brasileira, e permitir a compra com o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Ainda em janeiro, a Caixa Econômica Federal divulgou as regras para utilizar 50% do Fundo na aquisição do papel.

 

… e sabemos o final…

Os trabalhadores vão poder usar metade de seus saldos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para adquirir ações da Eletrobras. De acordo com a Caixa, o valor está estimado em até R$ 6 bilhões. A operação será feita pelos Fundos Mútuos de Privatização ligados ao FGTS (FMP-FGTS),  “constituídos sob a forma de condomínio aberto, dos quais participam exclusivamente pessoas físicas detentoras de contas vinculadas do FGTS”. Se este papel será rentável só a experiência de cada um poderá dizer. Quem pretende investir aí deve saber que ações são um investimento de risco e, por essa característica, contam com uma remuneração mais alta. Portanto, maior que a correção do FGTS. Em contrapartida, nunca é demais lembrar mais uma vez a boa prática do mercado: não abra mão da cautela. De novo, a coluna deixa a sugestão: diversifique sua carteira. Escolha investimentos que (1) protejam seu dinheiro, (2) eventualmente lhes dê liquidez, e (3) garantam rentabilidade.

 

Imposto pra quê te quero.

 

Governador do PI, Wellington Dias/Foto: Folha PE

A quem interessar possa. A arrecadação dos estados com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) bateu recorde e atingiu R$ 637 bilhões em 2021. O crescimento foi de 22,6% em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Os governos estaduais não haviam registrado crescimento tão expressivo desde 1999, início da série histórica. “O ICMS é um grão de areia nos preços e tem um impacto grande nas contas apertadas em 2022 para Estados e municípios. Não vamos contar, espero, com elevação da inflação que ajudou nas receitas em 2021. Deve ter, e desejamos, é queda da inflação”, afirmou o governador do Piauí e coordenador do Fórum dos Governadores, Wellington Dias (PT).

 

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