Balanço e metas
Retrospectiva e perspectiva
Por Admin - Em 08/12/2021 às 11:18 AM
Novembro é a síntese de 2021?
A coluna perguntou para a head da Ápice, Milena Teles, se o penúltimo mês do ano já traz uma mostra de como 2021 entrará para a história do mercado financeiro. Segundo ela, a XP Investimentos fez um Raio X apontando o cenário turbulento que prevaleceu ao longo do ano. A Ápice faz parte do pool XP. Milena avalia que esta instabilidade acaba repercutindo em inflação e juros mais altos. A mudança anunciada no cálculo do rendimento da poupança já é outro reflexo dessa conjuntura. Mais uma consequência: o desempenho da Bolsa. Do começo de outubro até o primeiro dia de novembro, o Ibovespa saiu de 106 mil pontos para pouco mais de 101 mil. “Uma queda de 1,53%. Com tudo isso, e a notícia de uma variante da Covid-19, a B3 completou cinco meses seguidos de perdas”, avalia. A queda acumulada até aqui é de 14,37%. “Não foi um ano fácil”, disse. E 2022? O quê esperar? “Ano que vem começa nesse cenário no qual termina. E um fator muito relevante se associa à conjuntura: as eleições. Esse é um processo ao qual a Bolsa é muito sensível. Todo o mercado, na verdade. Mas a XP estima um preço alvo de 123 mil pontos até o fim do próximo ciclo: o final de 2022”, afirma. E as alternativas possíveis? “Recomendamos commodities, as chamadas ‘empresas de crescimento secular’, que são as menos dependentes da macroeconomia e capazes de, mesmo neste cenário, entregar crescimento. E também acreditamos que é o momento de comprar alguns papéis. É sempre bom ficar de olho nas boas empresas que estão com preços atrativos”, dá a dica. Uma das regras de ouro do mercado de capitais: aproveite a baixa para aquisições. Logo, estas ações se recuperam e o ganho é líquido e certo.
A perspectiva do Corecon.
Ricardo Coimbra, presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon), também já fez suas projeções para 2022. “As taxas de juros permanecerão alta”, crava. Com o cenário turbulento na política e na economia, a expectativa para o fim do ano é que a economia feche 2021 com crescimento abaixo de 5%. “Essa queda se dá em função dos aspectos mais recentes relacionados com o aumento da inflação, dificuldade de manutenção dos investimentos, além do cenário incerto em relação ao Governo atual”, analisa. Coimbra adianta também a previsão do mercado, com expectativa de crescimento baixa, algo em torno de 0,5% a 0,7%. O índice inflacionário permanece em patamar elevado e o câmbio mantém-se entre R$ 5,50 e R$ 5,60.
Juros, política e PIB…
O presidente do Corecon destaca a relação direta entre política e economia quando estima taxas de juros altas para 2022. “Em torno de 12% na taxa Selic… Devemos levar em consideração a dificuldade do Governo em andar com as pautas no Congresso com as reformas tributária e administrativa. Então, o cenário para 2022 é muito difícil e além de tudo terá o processo eleitoral. A conjunção dessas variáveis deve manter um ritmo baixo de crescimento. O índice de desemprego deve recuar pouco”, prevê ao lembrar que eleições são movimentos que aquecem a economia. Ou deveriam. A conferir. Para o Produto Interno Bruto (PIB), além de uma alta maior na inflação, o mercado financeiro também baixou a previsão de crescimento da produção de riquezas deste ano. Passou de 4,97% para 4,94%. “O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Para 2022, o mercado reduziu a previsão de alta do PIB de 1,40% para 1,20%”, explica Ricardo Coimbra.
5 FIIs para investir.
A InfoMoney fez um levantamento com 10 das maiores corretoras do País para ranquear os fundos imobiliários mais recomendados para investir em dezembro. Ao todo, 5 FIIs foram lembrados e o destaque da lista foi novamente o Bresco Logística (BCO11) com oito recomendações. Em seguida, aparecem a Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11), CSHG Renda Urbana (HGR11), TRX Real (TRXF11) e CSHG Recebíveis (HGCR11). A novidade deste mês foi a entrada do CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11) no lugar do Mauá Capital Recebíveis (MCCI11) que estava entre as principais recomendações de novembro. Entre as corretoras que responderam estão Ativa Investimentos, BB Investimentos, BTG Pactual, Genial, Guide, Itaú BBA, Mirae Asset, Órama, Santander Corretora e Rico, além da Economática.