AUMENTO DA DEMANDA

35% dos bares e restaurantes pretendem contratar até o fim do ano

Por Redação - Em 13/11/2023 às 1:59 PM

Garçom Setor De Serviços

Segundo a Abrasel, outros 58% pretendem manter o quadro atual de funcionários e somente 7% indicaram que podem demitir

As férias escolares e as confraternizações tradicionais do fim do ano contribuirão para aquecer as vendas e elevar a oferta de emprego no setor de bares e restaurantes do País. De acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 35% dos empreendedores pretendem contratar funcionários até o fim de 2023. Outros 58% pretendem manter o quadro atual de funcionários e somente 7% indicaram que podem demitir.

A maior motivação para as contratações neste período do ano é dar suporte ao aumento da demanda, resposta dada por 62% dos empreendedores entrevistados pela Abrasel. Para 22%, o motivo é atender às necessidades de gestão e reorganização de empresa, enquanto 20% afirmam que planejam contratar para renovar a equipe e 8% têm planos de abrir filiais ou novas unidades.

“Há um certo otimismo do setor em relação ao aumento de demanda. Ao longo deste ano, muitos já se prepararam recompondo as equipes. Ainda assim é muito significativa a parcela que diz que fará contratações. Também chama a atenção o fato de voltarmos a ter quase 10% das empresas contratando para abrir filiais ou novos negócios, mais um sinal de como somos resilientes”, afirma o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci.

Desempenho financeiro

Os resultados da pesquisa também indicam que, em setembro, 24% dos estabelecimentos registraram prejuízo, enquanto 35% alcançaram lucro e 40% mantiveram uma estabilidade financeira. Esse cenário é praticamente o mesmo observado na última pesquisa, relativa ao resultado de agosto, destacando a persistência da situação financeira desafiadora para uma parte significativa do setor.

“É um quadro mais estável, mas ainda preocupa o grande número, quase dois terços, das empresas que não tiveram lucro em setembro. A maioria destes que ficaram no prejuízo apontam queda nas vendas como um fator, mas chama a atenção que quase metade, 46%, colocam entre os motivos para o resultado ruim as dívidas com empréstimos bancários. É um passivo da pandemia que necessita de atenção, pois para muitos vira uma bola de neve”, completa Solmucci.

Quando se trata de ajustes nos preços, a pesquisa revela que 33% dos estabelecimentos optaram por não reajustar o cardápio. Entre aqueles que realizaram ajustes, 24% optaram por reajustes abaixo da inflação dos últimos 12 meses. Por outro lado, 34% ajustaram seus preços conforme a inflação, enquanto 8% optaram por ajustes acima da média.

Sem contar os empréstimos, 40% dos estabelecimentos dizem também ter outras dívidas em atraso. Dentre esses, 75% acumulam débitos relacionadas a impostos federais, 44% impostos estaduais, 31% encargos trabalhistas, 24% serviços públicos e 22% devem a fornecedores.

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