Pesquisa

62% dos empresários cearenses concordam com a reabertura do comércio na segunda-feira, 30

Por Pompeu - Em 28/03/2020 às 4:05 PM

Mauricio Filizola Presidente Fecomercio Cred Jrpanela (1)

Maurício Filizola

Após participar de reunião virtual de representantes do Setor Produtivo do Ceará com o governador Camilo Santana, na tarde de sexta-feira(27), onde discutiram sobre demandas apresentadas pelos representantes do comércio, indústria, agricultura e transportes, além do trabalho que vem sendo realizado em nosso Estado para tentar conter o avanço do coronavírus, o presidente da Fecomércio-CE, Maurício Filizola divulgou neste sábado, 28, pesquisa que revela que quase 62% dos empresários cearenses concordam com a reabertura do comércio após o fim da validade do decreto estadual, neste domingo, dia 29.

Reuniao Camilo Setor Produtivo

Reunião de Camilo com o Setor Produtivo

Filizola explica que a pesquisa serviu para sondar o posicionamento do empresário cearense e os impactos nas empresas neste momento desafiador para ter dados para dialogar com o poder público.

“Um dos principais problemas é o cumprimento da folha de pagamento para com os colaboradores. Isso impacta nas medidas do Governo Federal que estão sendo editadas, que é a proteção, principalmente a micro e pequeno empresários, que têm essa dificuldade de honrar os compromissos com os seus estabelecimentos fechados”, destacou.

O empresário defende a reabertura do comércio, mas pondera ser necessário garantir a segurança durante a pandemia. “Ao governo foi enviada a proposta de reabertura com quadro reduzido, horário reduzido, verificando quais são os setores de maior importância para essa retomada inicial”, diz.

Filizola afirma que, durante a Live-debate, o governador Camilo Santana disse que boa parte das demandas dos empresários será atendida. “Outras, eles precisam aprofundar para nos dar resposta, principalmente no que diz respeito ao ICMS, que é o principal imposto no Estado”.

O governador Camilo Santana já declarou que vai se posicionar sobre a demanda dos empresários de reabrir os comércios até domingo (29).

Ainda em relação à pesquisa, o presidente da Fecomércio-CE destaca que a renegociação de impostos é um dos principais fatores de preocupação dos empresários, assim como a assistência financeira, em grande maioria de responsabilidade do Governo Federal.

A pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-CE) – por meio do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC) – revela que quase 62% dos empresários cearenses concordam com a reabertura do comércio na segunda-feira, 30.

O levantamento consultou representantes de diferentes segmentos produtivos do Ceará, como agropecuária, comércio, turismo, serviços e indústria.

De acordo com o estudo, aplicado de forma online e executado entre os dias 26 e 27 de março, 61,8% dos cerca de dois mil empresários entrevistados defendem a abertura dos estabelecimentos comerciais. Eles afirmam que o fechamento impõe sérios impactos financeiros para as empresas e para a economia.

Segundo a pesquisa, 89% avaliam impacto na capacidade de pagar a folha de salários e 63,9% indicam dificuldades no pagamento de fornecedores. Entre os pesquisados, 46,8% estimam restrições para pagar impostos e 31,1% apontam dificuldades no pagamento de empréstimos e financiamentos.

Fecomércio-CE realiza pesquisa para avaliar os impactos do Coronavírus

Saiba mais sobre a pesquisa:

61% responderam que todos os impostos deverão ser renegociados;

57,7% sugeriram que o Estado dê assistência financeira para os profissionais autônomos;

49% requereram flexibilização de garantias para tomada de empréstimos junto aos bancos;

47,2% apresentaram como solução a suspensão temporária do contrato de trabalho, cabendo ao Estado a responsabilidade de um seguro desemprego por tempo determinado

38,8% dos empresários deram preferência para o horário de funcionamento reduzido;

68,5% dos empresários acham que terão clientes se o comércio for reaberto contra 31,5% que discordam;

Somente 1,7% do empresariado acredita em crescimento econômico.

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