LEVANTAMENTO DO CIN

Agronegócio cearense registra saldo de US$ 198,1 milhões na balança comercial

Por Marcelo Cabral - Em 17/12/2024 às 9:26 PM

O agronegócio do Ceará manteve um desempenho robusto entre janeiro e outubro deste ano, com um saldo positivo de US$ 198,1 milhões na balança comercial, reflexo da resiliência e diversificação do setor. No período, as exportações totalizaram US$ 340,3 milhões, impulsionadas principalmente pela cera de carnaúba e pelos pescados, que registraram avanços significativos em relação ao ano anterior.

Exportação de pescados teve alta e 25,2% e chegou a US$ 88,1 milhões

A cera de carnaúba, produto tradicional do Ceará, apresentou crescimento expressivo de 34,1%, alcançando US$ 66,4 milhões, enquanto os pescados registraram um aumento de 25,2%, somando US$ 88,1 milhões. A China merece atenção especial, com um crescimento de 49,1% nas aquisições de produtos cearenses, consolidando-se como um mercado estratégico em ascensão.

Os dados fazem parte do relatório Setorial em Comex, elaborado pelo Centro Internacional de Negócios do Ceará (CIN), vinculado à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). O estudo detalha o comportamento das exportações e importações de produtos agropecuários cearenses, utilizando a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) como referência. A classificação SH2, que agrupa os dois primeiros dígitos do código NCM, foi empregada para categorizar itens-chave, como frutas, pescados, cera de carnaúba, mel de abelha, extratos vegetais e flores.

Resiliência do setor

Apesar de uma leve retração de 0,7% nas exportações em comparação a 2023, o saldo comercial positivo reafirma a resiliência do agronegócio cearense. Paralelamente, as importações cresceram 32,5%, totalizando US$ 142,2 milhões, impulsionadas principalmente por itens como gorduras e óleos vegetais, frutas e alimentos nutritivos. Os Estados Unidos mantêm a liderança como principais destinos das exportações cearenses, com 33,3% do total , seguidos pelos Países Baixos (11%) e pela China.

As importações do Ceará se diversificaram, com novos fornecedores emergindo, como a Indonésia e a Costa do Marfim, que ampliam as oportunidades e fortalecem o intercâmbio comercial do Estado. O relatório destaca a diversificação e relevância do agronegócio cearense, que continua a se consolidar tanto em produtos tradicionais quanto em nichos de alto valor agregado. O estudo pode ser acessado no link: https://arquivos.sfiec.org.br/sfiec/files/files/SetorialemComexAGROCEAR-Outubro20242.pdf.

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