Alckmin também reforçou que, apesar da rigidez fiscal, o Brasil seguirá com uma política fiscal “rigorosa” FOTO: Agência Brasil

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, comentou, nesta segunda-feira (12), durante a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), sobre o compromisso do governo federal com o cumprimento do arcabouço fiscal e suas implicações para a economia brasileira.

Alckmin, que também chefia a delegação brasileira na COP29, foi questionado sobre a possível relação entre o cumprimento do arcabouço fiscal e o aumento do salário mínimo, especialmente após o anúncio do governo de que a previsão é de um aumento de 2,5% no valor do benefício. O vice-presidente esclareceu que a adoção do arcabouço fiscal, que visa manter o déficit primário do país em zero, não significa necessariamente que o aumento do salário mínimo será limitado a esse percentual.

“O presidente Lula afirmou que vai cumprir rigorosamente o arcabouço fiscal. Ou seja, o déficit primário será zero. Mas isso não significa obrigatoriamente limitar em 2,5% o aumento do salário mínimo”, declarou Alckmin em coletiva à imprensa nos corredores da COP29, onde o Brasil apresentou sua posição nas discussões sobre mudanças climáticas e políticas de desenvolvimento sustentável.

Alckmin também reforçou que, apesar da rigidez fiscal, o Brasil seguirá com uma política fiscal “rigorosa”, que, segundo ele, será fundamental para o país conseguir reduzir as taxas de juros e impulsionar o desenvolvimento econômico. “Isso vai nos permitir uma política monetária melhor para o desenvolvimento do País, com uma menor taxa de juros”, afirmou, destacando que as medidas fiscais são parte de uma estratégia mais ampla para garantir um crescimento sustentável e controlado.

A fala de Alckmin surge em meio a discussões no Congresso e entre especialistas sobre o impacto das metas fiscais nas políticas sociais do governo, especialmente no que diz respeito ao poder de compra das famílias e à manutenção do salário mínimo como ferramenta de proteção social.

Com sua participação na COP29, o Brasil também reforça seu compromisso com a agenda ambiental e com a busca por soluções globais para os desafios climáticos, ao mesmo tempo em que busca um equilíbrio entre o rigor fiscal e a promoção do desenvolvimento econômico sustentável.