PREÇOS EM QUEDA

Alimentos têm deflação de 0,45% na primeira semana de setembro

Por Redação - Em 09/09/2024 às 4:47 PM

Vegetais, Ceasa, Cesta Básica, Alimentos, Pimentão Foto Agência Brasil

O resultado é um reflexo de uma queda significativa nos preços de hortaliças e legumes, que tiveram uma redução de 15,90% em comparação com igual período do mês anterior FOTO: Agência Brasil

A inflação dos alimentos no Brasil apresentou uma deflação de -0,45% na primeira semana de setembro, conforme revelou uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). O resultado é um reflexo de uma queda significativa nos preços de hortaliças e legumes, que tiveram uma redução de 15,90% em comparação com igual período do mês anterior.

Enquanto a inflação dos alimentos está em território negativo, o índice geral de inflação, que mede os preços de todos os produtos e serviços, registrou um aumento de 0,5% no início de setembro. Essa diferença acentuada entre a inflação dos alimentos e o índice geral demonstra uma tendência de alívio nos custos alimentares para os consumidores.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) já havia indicado uma tendência similar em julho, destacando que a deflação dos alimentos estava beneficiando especialmente as camadas de população com menor poder aquisitivo. Em julho, a inflação geral para famílias de renda baixa foi de 0,09%, e para as de renda muito baixa, de 0,18%. Essa diminuição nas taxas de inflação para os grupos mais vulneráveis vinha sendo observada desde junho.

Esses resultados recentes ajudam a dissipar as preocupações de que a crise no Rio Grande do Sul, severamente afetado pelas enchentes de maio, causaria uma alta inflacionária. Apesar das previsões iniciais de que a crise poderia impactar negativamente os preços dos alimentos, a intervenção do governo federal e o apoio às áreas afetadas, juntamente com a redistribuição da demanda para outras regiões produtoras, ajudaram a manter as taxas sob controle.

Além disso, iniciativas governamentais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que aumentou as compras diretamente da agricultura familiar, têm contribuído para a diversificação dos fornecedores e o controle da inflação. Esses projetos não apenas ajudam a garantir a oferta de alimentos, mas também a estabilizar os preços, beneficiando consumidores em todas as faixas de renda.

A combinação desses fatores sugere um panorama mais estável para os preços dos alimentos no Brasil, aliviando pressões inflacionárias e oferecendo uma perspectiva positiva para os próximos meses.

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