A decisão de retornar ao trabalho presencial em tempo integral gerou resistência entre alguns funcionários

A Amazon anunciou que seus funcionários corporativos deverão retornar ao escritório cinco dias por semana, uma mudança significativa em relação à política híbrida atual, que permite a presença no local por apenas três dias. O CEO Andy Jassy comunicou a nova diretriz na segunda-feira (16), afirmando que a medida visa fomentar a invenção, a colaboração e a conexão entre os colaboradores e a cultura da empresa, com o objetivo de melhorar o atendimento aos clientes e os resultados do negócio.

A nova política entrará em vigor em 2 de janeiro de 2025. Jassy já havia defendido a importância da presença física no ambiente de trabalho, destacando que isso fortalece a cultura da empresa. Em um memorando anterior, ele reconheceu a complexidade de trazer milhares de funcionários de volta ao escritório, mas reafirmou a necessidade de um planejamento adequado para a implementação.

Em sua comunicação mais recente, Jassy reiterou que os benefícios de trabalhar juntos no escritório são significativos. Ele observou que a colaboração e o aprendizado são facilitados em um ambiente compartilhado, o que também contribui para uma equipe mais coesa.

Os funcionários que não seguirem a nova política podem ver suas chances de promoção prejudicadas, e as solicitações para trabalhar remotamente agora precisarão de aprovação adicional da liderança.

A decisão de retornar ao trabalho presencial em tempo integral gerou resistência entre alguns funcionários. No ano passado, trabalhadores corporativos realizaram uma greve na sede da Amazon em Seattle, citando a pressão para a presença no escritório e expressando insatisfação com cortes de empregos que resultaram na demissão de cerca de 27.000 funcionários.

Embora algumas empresas em setores específicos, como o financeiro, tenham enfatizado a necessidade de um retorno completo ao escritório, a maioria das empresas tem adotado uma abordagem mais flexível. Uma pesquisa do The Conference Board revelou que apenas 4% dos CEOs nos EUA e no mundo priorizam o retorno em tempo integral ao escritório neste ano.