Apesar do prejuízo no último trimestre, a Americanas destaca a evolução nos seus indicadores operacionais FOTO: Agência Brasil

A varejista Americanas registrou um prejuízo de R$ 586 milhões no quarto trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 2,56 bilhões apurado no mesmo período de 2023. Esse resultado negativo reflete principalmente os custos relacionados ao processo de recuperação judicial da empresa, conforme explicado pela CFO, Camille Faria.

No entanto, o ano de 2024 foi marcado por um desempenho positivo, com um lucro líquido de R$ 8,231 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 2,272 bilhões registrado em 2023. Esse lucro foi impulsionado pelo reconhecimento como receita financeira dos cortes bilionários na dívida da empresa com os bancos, um efeito que foi concentrado no balanço do terceiro trimestre.

Apesar do prejuízo no último trimestre, a Americanas destaca a evolução nos seus indicadores operacionais. O Ebitda (Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), indicador importante de geração de caixa, ainda foi negativo em R$ 232 milhões no 4º trimestre, mas representou uma significativa melhora frente ao mesmo período de 2023, quando a cifra negativa foi de R$ 1,3 bilhão. No acumulado de 2024, o Ebitda foi de R$ 1,66 bilhão, comparado a um Ebitda negativo de R$ 2,73 bilhões no ano anterior.

O Ebitda ajustado, considerando o pagamento de aluguéis, fechou em negativo R$ 58 milhões, uma expressiva melhora em relação ao mesmo período de 2023, quando esse número foi de R$ 1,441 bilhão negativo.

A receita líquida da empresa somou R$ 4,369 bilhões no quarto trimestre de 2024, uma queda de 4,5% em relação aos R$ 4,573 bilhões registrados no último trimestre de 2023. No acumulado do ano, a receita totalizou R$ 14,349 bilhões, uma redução de 2,8% em comparação aos R$ 14,759 bilhões de 2023.

O presidente da Americanas, Leonardo Coelho, ressaltou que a empresa tem observado melhorias contínuas em seus resultados trimestre após trimestre, enfatizando que o objetivo é garantir que o quarto trimestre de 2024 seja superior ao de 2023 e que os primeiros trimestres de 2025 superem os do ano anterior. Ele destacou que, a partir do terceiro trimestre de 2025, a empresa deverá estar em uma posição mais forte, com os principais efeitos da recuperação judicial e da fraude já dissipados.