ENERGIA ELÉTRICA

Aneel anuncia bandeira tarifária verde para janeiro de 2025

Por Redação - Em 27/12/2024 às 8:33 PM

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Durante o segundo semestre de 2024, o Brasil enfrentou uma seca histórica, o que levou a Aneel a ativar, pela primeira vez em mais de três anos, a bandeira tarifária vermelha patamar 1º, desde setembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nessa sexta-feira (27), que o mês de janeiro de 2025 começará com a bandeira tarifária verde, o que significa que não haverá custo adicional na tarifa de energia elétrica. A medida é justificada pela melhora nas condições de geração de energia no País, refletindo uma redução nos custos de produção.

A bandeira verde retorna após um período de custos elevados. Durante o segundo semestre de 2024, o Brasil enfrentou uma seca histórica, o que levou a Aneel a ativar, pela primeira vez em mais de três anos, a bandeira tarifária vermelha patamar 1º, desde setembro. Esse cenário foi provocado por uma combinação de fatores, incluindo o risco hidrológico (GSF) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), indicador que mede o valor da energia produzida.

Com a normalização das condições climáticas e a queda do PLD, que iniciou esta semana no patamar mínimo de R$ 61,07 por megawatt-hora (MWh) no Sistema Interligado Nacional (SIN), os preços da energia elétrica começaram a registrar queda. De acordo com boletins da consultoria Dcide, a redução nos preços de referência foi notada pela segunda semana consecutiva, impulsionando a volta da bandeira verde.

O Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado pelo Banco Central na última quinta-feira (21), já indicava uma expectativa de melhora nas condições climáticas para os próximos meses, o que impacta diretamente no acionamento das bandeiras tarifárias. A expectativa é que, com a normalização dos recursos hídricos, os custos de geração de energia se estabilizem, refletindo em uma redução no impacto das tarifas.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável por monitorar o custo variável da produção de energia, considera mensalmente fatores como a disponibilidade de água nos reservatórios e o uso de fontes de geração mais caras. A arrecadação proveniente das bandeiras tarifárias cobre os custos adicionais impostos por esses fatores.

Com a marca de 61 acionamentos de bandeiras mais caras, incluindo as classificações amarela e vermelha, e até a classificação de “escassez hídrica”, o sistema de bandeiras tarifárias completa em 2024 mais um ano de funcionamento. Este sistema, criado em 2015, busca atenuar os impactos financeiros para as distribuidoras de energia e, consequentemente, para os consumidores.

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