ALTA TECNOLOGIA

Angola Cables oferece ponte digital para ampliar agronegócio entre Brasil e África

Por Marcelo - Em 29/07/2020 às 2:07 PM

O desenvolvimento da agricultura em Angola e demais países africanos com a participação de investimento de produtores brasileiros, é uma perspectiva factível do ponto de vista da infraestrutura de telecomunicações, fundamental para o gerenciamento das agroindústrias à distância e com mais precisão e produtividade.

Data Center Angonap oferece estrutura de ponta aos produtores                 Foto: Divulgação

A garantia tecnológica para uma cooperação entre o Brasil e aquele país africano no desenvolvimento da digitalização do agronegócio é da Angola Cables, multinacional do setor de telecomunicações, pioneira na ligação via cabo submarino de fibra óptica entre os dois continentes. E Fortaleza tem uma infraestrutura robusta, com cabos de fibra óptica e um grande data center, o Angonap.

Este assunto foi debatido em webinar com a participação de António Nunes, CEO da Angola Cables; Alexandre Dal Forno, Head de Marketing da TIM Brasil; João Amaral, sócio-gerente da Fazenda Girassol (um dos maiores grupos agrícolas de Angola), além de representantes do governo e entidades angolanas.

“O agronegócio brasileiro está cada vez mais digitalizado, o que é uma referência para Angola, que também busca novas soluções para tornar sua cadeia agrícola mais produtiva. E para que o país dê um salto qualitativo no PIB por meio de lavouras mais desenvolvidas, a implantação de redes tecnológicas no campo, capazes de conectar dispositivos e máquinas agrícolas, será fundamental”, disse António Nunes.

De acordo com uma pesquisa da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP), 67% das propriedades agrícolas já são adeptas das inovações tecnológicas. E esta capilaridade é o que motiva a TIM a investir em soluções que integram sistemas no campo e beneficiam tanto as grandes agroindústrias como também o médio e o pequeno produtor.

“O agronegócio representa hoje ¼ do PIB do Brasil e a TIM entendeu que levar tecnologia de comunicação ao campo é fundamental para o desenvolvimento do setor. Há três anos, fomos entender as necessidades dos clientes rurais e percebemos que, apesar do progresso por conta da implantação de máquinas inteligentes, elas não estavam conectadas por redes IoT”, afirmou.

“Dessa forma, o investimento em fibra óptica e em torres 4G capazes de cobrir áreas de 35 mil hectares de terra, ajudou a melhorar a produtividade, já que com as redes de alta tecnologia, é possível acessar desde um aplicativo de comunicação pelo celular, até realizar a manutenção remota de equipamentos ou fazer o manejo da água da lavoura com muito mais rapidez”, completou Dal Forno.

E, de acordo com os participantes do webinar, tudo isso pode ser feito por produtores brasileiros que queiram investir em Angola, através da infraestrutura de conexão da Angola Cables, que permite gerenciar unidades agroindustriais sem sair do Brasil.

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