A Vale disparou 4,88%, refletindo o otimismo em torno das novas políticas de estímulo da China, que incluem a redução do compulsório e cortes nas taxas de hipoteca

Após cinco dias consecutivos de perdas, o Ibovespa viu um dia de recuperação, subindo 1,22% e fechando a 132.155,76 pontos, com um ganho de 1.587,39 pontos. O cenário positivo foi impulsionado principalmente por medidas de estímulo anunciadas pelo governo chinês e pela divulgação da Ata da última reunião do Copom.

A forte reação do mercado foi especialmente visível nas ações de mineração e siderurgia. A Vale (VALE3) disparou 4,88%, refletindo o otimismo em torno das novas políticas de estímulo da China, que incluem a redução do compulsório e cortes nas taxas de hipoteca. A CSN (CSNA3) também se destacou, com uma impressionante alta de 9,39%, enquanto Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) avançaram 7,68% e 4,17%, respectivamente. Esse desempenho robusto dessas empresas foi crucial para o avanço do índice.

Câmbio

O dólar também acompanhou o bom humor do mercado, caindo 1,30% para R$ 5,46, enquanto os juros futuros (DIs) recuaram por toda a curva. A recuperação do Ibovespa foi ainda apoiada pela Ata do Copom, que trouxe um tom firme e sinalizou um possível ciclo de alta nas taxas de juros.

Os economistas destacaram a importância da clareza na comunicação do Banco Central, com Alexandre Lohmann, economista-chefe da Constância Investimentos, elogiando a sintonia entre o comunicado e a Ata. Para ele, o foco agora é o início do ajuste nas taxas, com a possibilidade de aumentos mais intensos, se necessário.

No setor de petróleo, os estímulos da China também tiveram impacto positivo, beneficiando as ações da Petrobras (PETR4), que subiu 0,41%. No entanto, o setor financeiro teve um desempenho misto, com leves quedas para Bradesco (BBDC4) e BB (BBAS3).

O dia foi marcado por uma onda de otimismo, especialmente nas ações da Vale e das siderúrgicas, refletindo a expectativa positiva em relação ao mercado global e às políticas econômicas internas.