Nos 11 primeiros meses de 2024, a arrecadação federal somou R$ 2,391 trilhões, o que representa o melhor resultado para o período na série histórica FOTO: Pixabay

A arrecadação de impostos e contribuições federais do Brasil alcançou R$ 209,218 bilhões em novembro de 2024, marcando uma alta real (descontada a inflação) de 11,21% em comparação com o mesmo mês de 2023, quando o montante arrecadado foi de R$ 179,392 bilhões, a preços correntes. Esse desempenho é o segundo melhor para o mês de novembro desde o início da série histórica, em 1995, ficando atrás apenas de 2013, quando o recolhimento somou R$ 210,232 bilhões.

No entanto, frente ao mês anterior, outubro de 2024, houve uma queda de 15,94% na arrecadação, totalizando R$ 247,92 bilhões, o que gerou uma desaceleração no ritmo de crescimento.

Os números de novembro estiveram dentro da mediana das estimativas do mercado financeiro, que projetava uma arrecadação de R$ 209,6 bilhões. O intervalo das projeções variou entre R$ 148,6 bilhões e R$ 227,3 bilhões, o que confirma a estabilidade da arrecadação no período.

A Receita Federal apontou que o resultado positivo se deve a vários fatores, incluindo o aumento da arrecadação do PIS/Cofins, impulsionado pela volta da tributação sobre os combustíveis e a nova Lei do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Serviços). Além disso, houve um crescimento de 12,41% na arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), impulsionado pela estimativa mensal, que subiu 14,93%.

Outro fator importante foi o desempenho das receitas vinculadas ao comércio exterior, que também apresentaram crescimento. O aumento do volume de importações, o ajuste nas alíquotas médias e a valorização da taxa de câmbio contribuíram para o resultado.

Acumulado

Nos 11 primeiros meses de 2024, a arrecadação federal somou R$ 2,391 trilhões, o que representa o melhor resultado para o período na série histórica, com um aumento real de 9,82% em comparação com os R$ 2,087 trilhões arrecadados no mesmo período de 2023.

Esse desempenho robusto é atribuído, em parte, ao crescimento na arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre o capital, especialmente devido à tributação de fundos exclusivos e offshore. Somente com a atualização de bens e direitos no exterior, foram arrecadados R$ 7,4 bilhões.

Além disso, a Receita Federal destacou o bom desempenho do Imposto de Importação e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) vinculados à importação, devido ao aumento das alíquotas e ao crescimento das operações de comércio exterior.