O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria brasileira, calculado pela S&P Global, avançou de 50,7 pontos em janeiro para 53,0 pontos em fevereiro, atingindo seu maior patamar desde setembro. O resultado excluiu o setor da zona de contração e sinaliza uma recuperação mais consistente. O PMI tem como referência a marca de 50 pontos: acima desse nível, indica expansão da atividade; abaixo, sugere retração.

Atividade industrial brasileira vem mantendo trajetória de crescimento

Segundo a S&P Global, a melhoria foi considerada “substancial”, refletindo um aumento do otimismo entre as empresas em relação às perspectivas de produção. Esse cenário impulsionou a criação de empregos e favoreceu a retomada do crescimento na aquisição de insumos. Outro aspecto relevante foi a desaceleração da inflação de custos, que recuperou em relação ao pico registrado em janeiro, enquanto os preços de venda avançaram em um ritmo mais acelerado desde agosto de 2024.

Panorama positivo

“O PMI industrial do Brasil revelou um panorama mais positivo para o setor, com o índice principal atingindo uma máxima de cinco meses em fevereiro, impulsionado por um crescimento expressivo das vendas e retomada pela produção”, destaca Pollyanna de Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence.

De acordo com a economista, as expectativas para o ano alcançaram seu ponto mais elevado em seis meses, sustentadas por soluções otimistas e consistentes. “O otimismo empresarial favoreceu a criação de empregos e a ampliação das compras de insumos, com a taxa de crescimento do emprego atingindo seu nível mais acelerado desde maio de 2024″.

Além disso, o levantamento revelou uma redução no volume de negócios pendentes e, pela primeira vez em quatro meses, um avanço simultâneo nos estoques de pré-produção e pós-produção. O desempenho sugere um ambiente industrial mais dinâmico e preparado para sustentar sua trajetória de crescimento nos próximos meses.