SEGURANÇA DIGITAL

Banco Central acelera estratégia contra riscos cibernéticos

Por Anchieta Dantas Jr. - Em 23/03/2025 às 7:00 AM

Edifício Sede Do Banco Central Do Brasil Em Brasília Foto Marcello Casal Jr Agência Brasil

Edifício sede do Banco Central em Brasília (DF) Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A crescente ameaça dos riscos cibernéticos está no radar do Banco Central (BC), que tornou o tema uma prioridade estratégica para proteger o setor financeiro. Este ano, o BC montou uma equipe especializada para monitorar incidentes reportados pelas instituições e intensificou o cronograma do “Mapa de TI” – um instrumento para identificar vulnerabilidades tecnológicas e aprimorar a segurança das operações.

O objetivo é garantir que, até o início do próximo ano, todas as instituições supervisionadas sejam incorporadas ao projeto, que já cobre cerca de 70% do setor. Entre as áreas de atenção estão o uso de Inteligência Artificial e APIs (sigla em inglês para Interface de Programação de Aplicações) no consumo de serviços financeiros.

A iniciativa busca criar uma base sólida de informações para reforçar as práticas de segurança e conscientizar o mercado sobre a relevância da prevenção cibernética. Nesse sentido, workshops e estudos também estão sendo desenvolvidos como parte desse esforço contínuo.

Vulnerabilidade do setor financeiro

Com a evolução tecnológica, o setor financeiro tem mergulhado cada vez mais no ambiente digital, trazendo inúmeras facilidades, mas também ampliando a vulnerabilidade a crimes cibernéticos. Um levantamento do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que, na última década, mais de 20 mil ataques cibernéticos foram registrados globalmente no setor financeiro, resultando em prejuízos estimados em US$ 12 bilhões.

No Brasil, a situação é igualmente alarmante. Dados do Datafolha revelam que, a cada hora, mais de 4.600 pessoas são alvos de tentativas de golpes financeiros, com criminosos frequentemente se passando por representantes de instituições bancárias.

Esse cenário evidencia as fragilidades na segurança do sistema financeiro, que abriga dados sensíveis e tem sido alvo recorrente de invasões por agentes mal-intencionados, desafiando o fortalecimento de proteção do setor.

Mais notícias

Ver tudo de IN Business