O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) do Banco Central (BC) determinou nesta quarta-feira (15), a liquidação extrajudicial da BRK Financeira. Segundo a decisão do FGC, a empresa liquidada possui uma base de aproximadamente 42 mil credores com depósitos elegíveis ao pagamento da garantia, no total de R$ 1,7 bilhão.

BRK Financeira tinha R$ 1,7 bi elegíveis ao pagamento de garantia                 Foto: Divulgação

Ainda de acordo com o que foi determinado pelo FGC em sua decisão, a situação da BRK já estava muito complicada e a liquidação foi inevitável. “Considerando o comprometimento patrimonial da instituição, as graves violações às normas legais que regulamentam o funcionamento da instituição e o risco anormal a que estão sujeitos os credores quirografários”, justificou.

Para atuar como liquidante o BC escolheu a empresa Veritas Regimes de Resolução Empresarial, que já está adotando todas as medidas legais. A autoridade monetária nacional ainda tornou indisponíveis os bens do controlador da BRK, Nelson Nogueira Pinheiro, bem como dos ex-administradores Eduardo Rosa Pinheiro e Valdir Moreno.

De acordo com o Valor Econômico, a família Pinheiro já havia tentado vender a financeira, mas devido à penhora das ações de Nelson Pinheiro, por credores de outra empresa dele, a Brickell, isso não foi autorizado. Foram, então, buscados novos investidores, mas o BC negou a transferência do controle acionário.

Em setembro do ano passado, o IFData, do BC, informou que a BRK possuía um ativo total de R$ 1,67 bilhão e uma carteira de crédito de R$ 879,22 milhões. Tinha registrado expansão devido aos elevados retornos de seus CDBs, em grandes plataformas de investimentos. Com a sua liquidação decretada, esses instrumentos terão a garantia do FGC.