STABLECOIN BRASILEIRA

Banco Central está fazendo testes finais para lançar o ‘Real Digital’ no mercado

Por Marcelo - Em 25/10/2022 às 4:28 PM

O Banco Central (BC) já está realizando testes com o ‘Real Digital’, que será a stablecoin brasileira – moeda digital que é pareada com as moedas fiduciárias -, aqui no Brasil o real. Essas ações estão sendo realizadas no Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) e as primeiras cédulas digitais de teste começaram a ser emitidas.

Primeiras cédulas do ‘Real Digital’ já foram emitidas pelo Banco Central           Foto: Divulgação

O ‘Real Digital’ é uma CBDC – Central Bank Digital Currencies ou moeda digital dos Bancos Centrais, que são menos voláteis que as criptomoedas já conhecidas pelo mercado, como bitcoin ou ethereum. E o objetivo principal será facilitar as transações financeiras e reduzir a circulação de dinheiro em espécie.

O ‘Real Digital’ também possui funções diferentes das criptomoedas tradicionais – que possuem ativos e precisam ser minerados para coleta. Já a CBDC brasileira funcionará de forma semelhante às stablecoins, formadas por ativos rastreáveis que funcionam como dinheiro em espécie.

Segundo os estudos do BC, outra funcionalidade do ‘Real Digital’ é que ele cria aplicações que podem contribuir para o monitoramento de fluxos financeiros de maneira detalhada, com informações acessíveis, a fim de evitar a lavagem de dinheiro e estando de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Outros países do mundo também estão desenvolvendo suas moedas digitais, sendo que na China, o Yuan Digital vem sendo testado em 15 províncias e já movimentou mais de U$S 14 bilhões – ou cerca de R$ 70 bilhões -, de acordo com o Banco Central Chinês. Com o ‘Real Digital’, o Brasil sai na frente em comparação com muitos países da Europa e até mesmo os Estados Unidos, que iniciam estudos para lançar o Dólar Digital.

Vale lembrar que o ‘Real Digital’ terá grandes diferenças frente a outros meios de pagamentos como cartões de crédito ou Pix, por exemplo. Ele ficará acondicionado em carteiras digitais (wallets) e será operado diretamente entre elas, sem a intermediação de uma instituição financeira tradicional, como um banco.

Mais notícias

Ver tudo de IN Business