DECISÃO DO COPOM
Banco Central mantém Selic em 2% e projeta uma retração de 4,81% do PIB
Por Marcelo - Em 28/10/2020 às 7:32 PM
O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em 2% ao ano, por unanimidade, numa ação que foi prevista por analistas de mercado. Em nota, informou que, apesar da alta observada no preço dos alimentos e de itens industriais, o efeito sobre a inflação será temporário.
Apesar disso, O Copom aumentou a projeção para a inflação oficial em 2020, de 2,1% em setembro para 3,1% agora. Esse cenário supõe a manutenção dos juros básicos em 2% ao ano e dólar em torno de R$ 5,60.
A nota oficial do BC destacou que o ressurgimento da pandemia de Covid-19 em diversos países tem provocado a desaceleração da retomada global. No cenário interno, o Copom informou que a recuperação segue desigual conforme os setores da economia e que a incerteza permanece acima da usual, sobretudo para o período de fim de ano, com a redução do auxílio emergencial.
Inflação
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo IPCA. Nos 12 meses encerrados em setembro, a taxa ficou em 3,14%. Apesar de estar em aceleração por causa da alta dos alimentos, o IPCA continua abaixo do nível mínimo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
Para este ano, o CMN fixou meta de inflação de 4%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não poderá superar 5,5% neste ano nem ficar abaixo de 2,5%. A meta para 2021 foi fixada em 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Crédito barato
A redução da Selic estimula a economia porque juros menores barateiam o crédito, incentivando a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica. No último Relatório de Inflação, o BC projetava retração econômica de 5% este ano. O mercado espera uma queda menor, na casa de 4,81% do PIB. (Com Agência Brasil)