SUSTENTABILIDADE
Banco do Nordeste mergulha na agenda socioambiental para o desenvolvimento regional
Por Eduardo Buchholz - Em 16/07/2024 às 2:37 AM
O Hotel Gran Marquise, em Fortaleza, foi palco para mais um encontro do Lide Ceará e seu Fórum de Sustentabilidade da Região Nordeste, que discutiu os desafios e oportunidades para o desenvolvimento da Região na tarde desta segunda-feira (15). O evento, conduzido pela presidente estadual do grupo, Emília Buarque, teve entre os convidados o presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara, que ofereceu uma visão abrangente dos planos futuros da instituição, focando em sustentabilidade e crescimento econômico.
Câmara expressou otimismo sobre o futuro econômico do Nordeste, apontando para os desafios como oportunidades de crescimento. “Os desafios são grandes, mas as oportunidades são maiores ainda. Temos um caminho de otimismo pela frente e estamos trabalhando muito no nosso grau de responsabilidade e, ao mesmo tempo, de positividade dentro do banco para que isso se torne realidade,” afirmou o presidente.
O ex-governador de Pernambuco ressaltou a importância dos programas federais para o desenvolvimento da região, especialmente o Novo PAC, programa do Governo Federal que promete importantes investimentos na indústria. “42% do orçamento do Novo PAC é para o Nordeste, o que representa uma oportunidade realmente importante para avançarmos na infraestrutura e ao mesmo tempo superarmos gargalos históricos“, destacou Câmara.
Outro aspecto abordado foi o apoio do banco ao setor agrícola, especialmente através do novo Plano Safra. Câmara destacou que o plano é o de maior valor de recursos já disponibilizado para o setor agro e a agricultura familiar, com ênfase na sustentabilidade e no desenvolvimento equilibrado.
O presidente também abordou a questão da sustentabilidade de uma maneira mais ampla, destacando o papel do Nordeste como líder na produção de energia limpa e a necessidade de alinhar o crescimento econômico com o desenvolvimento social. “O banco entende muito bem o papel que ele tem de desenvolvimento no aspecto dos financiamentos. Mas não nos interessa estar vendo apenas o crescimento econômico como foi no passado. A gente precisa ter um crescimento econômico que seja acompanhado do crescimento social, dentro de um aspecto de preservação, de garantia do meio ambiente preservável“, explicou.
Por fim, Paulo Câmara reafirmou o compromisso do Banco do Nordeste com as parcerias e com o foco crescente na sustentabilidade, uma agenda que, segundo ele, “não pode mais ter retrocesso”.
Agenda socioambiental
Paulo Câmara foi seguido por Aldemir Freire, diretor de Planejamento do BNB, que detalhou a visão esperançosa do banco sobre o futuro da sustentabilidade na região Nordeste, destacando os desafios ambientais como vetores de oportunidades econômicas e enfatizando a agenda de carbono zero até 2050.
Um dos pontos aprofundados por Freire foi a transição energética, especialmente o potencial do hidrogênio verde, que ele identificou como uma oportunidade estratégica para o Nordeste. Para ele, a Região já é uma grande fornecedora de energia renovável, e a introdução do hidrogênio verde pode ampliar ainda mais sua capacidade de contribuir para uma economia de baixo carbono. “O hidrogênio verde não apenas atende à demanda europeia, mas posiciona o Nordeste como líder em tecnologia de energia limpa e sustentável”, explicou.
O Banco do Nordeste é um parceiro para as micro e pequenas empresas nordestinas, que representam 90% dos empregos na Região. Este suporte é vital para fortalecer este segmento econômico crucial, com o Banco planejando expandir ainda mais sua atuação. Agora, mais do que nunca, a instituição reconhece a necessidade necessidade de um crescimento econômico que seja sustentável e socialmente inclusivo, enfatizando que este deve ser acompanhado por melhorias no saneamento e no turismo, além de uma produção industrial ambientalmente consciente.