SUSTENTABILIDADE

Banco do Nordeste mergulha na agenda socioambiental para o desenvolvimento regional

Por Eduardo Buchholz - Em 16/07/2024 às 2:37 AM

Paulo Câmera (27)

Paulo Câmera discursou sobre crescimento econômico acompanhado de avanços sociais e preservação ambiental.

O Hotel Gran Marquise, em Fortaleza, foi palco para mais um encontro do Lide Ceará e seu Fórum de Sustentabilidade da Região Nordeste, que discutiu os desafios e oportunidades para o desenvolvimento da Região na tarde desta segunda-feira (15). O evento, conduzido pela presidente estadual do grupo, Emília Buarque, teve entre os convidados o presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara, que ofereceu uma visão abrangente dos planos futuros da instituição, focando em sustentabilidade e crescimento econômico.

Câmara expressou otimismo sobre o futuro econômico do Nordeste, apontando para os desafios como oportunidades de crescimento. “Os desafios são grandes, mas as oportunidades são maiores ainda. Temos um caminho de otimismo pela frente e estamos trabalhando muito no nosso grau de responsabilidade e, ao mesmo tempo, de positividade dentro do banco para que isso se torne realidade,” afirmou o presidente.

Emília Buarque E Paulo Câmara (5)

Emília Buarque e Paulo Câmara.

O ex-governador de Pernambuco ressaltou a importância dos programas federais para o desenvolvimento da região, especialmente o Novo PAC, programa do Governo Federal que promete importantes investimentos na indústria. “42% do orçamento do Novo PAC é para o Nordeste, o que representa uma oportunidade realmente importante para avançarmos na infraestrutura e ao mesmo tempo superarmos gargalos históricos“, destacou Câmara.

Outro aspecto abordado foi o apoio do banco ao setor agrícola, especialmente através do novo Plano Safra. Câmara destacou que o plano é o de maior valor de recursos já disponibilizado para o setor agro e a agricultura familiar, com ênfase na sustentabilidade e no desenvolvimento equilibrado.

O presidente também abordou a questão da sustentabilidade de uma maneira mais ampla, destacando o papel do Nordeste como líder na produção de energia limpa e a necessidade de alinhar o crescimento econômico com o desenvolvimento social. “O banco entende muito bem o papel que ele tem de desenvolvimento no aspecto dos financiamentos. Mas não nos interessa estar vendo apenas o crescimento econômico como foi no passado. A gente precisa ter um crescimento econômico que seja acompanhado do crescimento social, dentro de um aspecto de preservação, de garantia do meio ambiente preservável“, explicou.

Paulo Câmera (4)

Paulo Câmera se mostrou esperançoso com a agenda do Banco do Nordeste na pauta socioambiental.

Por fim, Paulo Câmara reafirmou o compromisso do Banco do Nordeste com as parcerias e com o foco crescente na sustentabilidade, uma agenda que, segundo ele, “não pode mais ter retrocesso”.

Agenda socioambiental
Paulo Câmara foi seguido por Aldemir Freire, diretor de Planejamento do BNB, que detalhou a visão esperançosa do banco sobre o futuro da sustentabilidade na região Nordeste, destacando os desafios ambientais como vetores de oportunidades econômicas e enfatizando a agenda de carbono zero até 2050.

Um dos pontos aprofundados por Freire foi a transição energética, especialmente o potencial do hidrogênio verde, que ele identificou como uma oportunidade estratégica para o Nordeste. Para ele, a Região já é uma grande fornecedora de energia renovável, e a introdução do hidrogênio verde pode ampliar ainda mais sua capacidade de contribuir para uma economia de baixo carbono. “O hidrogênio verde não apenas atende à demanda europeia, mas posiciona o Nordeste como líder em tecnologia de energia limpa e sustentável”, explicou.

O Banco do Nordeste é um parceiro para as micro e pequenas empresas nordestinas, que representam 90% dos empregos na Região. Este suporte é vital para fortalecer este segmento econômico crucial, com o Banco planejando expandir ainda mais sua atuação. Agora, mais do que nunca, a instituição reconhece a necessidade necessidade de um crescimento econômico que seja sustentável e socialmente inclusivo, enfatizando que este deve ser acompanhado por melhorias no saneamento e no turismo, além de uma produção industrial ambientalmente consciente.

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