Apesar do aumento no volume de crédito, a inadimplência da carteira do Inter permaneceu estável em 4,7%

O Banco Inter fechou o segundo trimestre deste ano com um lucro líquido de R$ 223 milhões, representando um crescimento de 248% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o resultado do banco teve um incremento de 14,4%. Esse lucro marca o maior valor da história do banco digital.

A carteira de crédito do Banco Inter cresceu 35% em relação ao segundo trimestre de 2023, alcançando um saldo de R$ 35,7 bilhões. O banco tem aumentado gradualmente seu apetite por linhas de crédito de maior risco, embora a originação geral permaneça conservadora. Produtos como a antecipação do saque aniversário do FGTS (+93%) e empréstimos com garantia de imóvel (+50%) têm impulsionado esse crescimento.

“Estamos assumindo mais riscos”, afirmou o vice-presidente Financeiro e de Riscos do Inter, Santiago Stel. De acordo com ele, produtos de financiamento ao consumo exemplificam esse movimento. A carteira formada pelo financiamento de Pix e pelo crediário oferecido através do Inter Shop, o shopping online do banco, atingiu R$ 330 milhões no segundo trimestre, comparado a R$ 175 milhões no trimestre anterior.

Apesar do aumento no volume de crédito, a inadimplência da carteira do Inter permaneceu estável em 4,7%, o mesmo índice registrado no ano passado. Stel destaca que o banco tem ampliado a carteira de crédito utilizando sua base de clientes existente, o que permite avaliações de crédito mais precisas. “Hoje, 80% dos créditos concedidos são para clientes do Inter. Dois anos atrás, essa proporção era exatamente o inverso.”

A receita bruta total do banco cresceu 24% em um ano, totalizando R$ 2,4 bilhões. No final do trimestre, o Inter contava com 33 milhões de clientes, um aumento de 5,2 milhões em relação a março do ano passado. O índice de ativação da base de clientes era de 55,3%, significando que o banco tinha 18,4 milhões de clientes ativos em março deste ano.