DADOS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO
Bares e restaurantes foram o segundo setor que mais criou empregos formais em agosto
Por Redação - Em 02/10/2024 às 12:06 PM
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na última semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mostraram que, em agosto, o setor de bares e restaurantes apresentou o segundo maior aumento entre todos os setores (0,7%), atrás apenas dos Serviços Domésticos (1,62%).
No oitavo mês do ano, o saldo de empregados apontou mais de 12 mil novos postos de trabalho criados com carteira assinada no setor de alimentação fora do lar. Esses resultados mostram uma robustez do setor que se consolida como um dos principais empregadores do país.
Segundo pesquisa recente da Abrasel, 29% dos entrevistados indicaram a intenção de contratar mais funcionários até o final do ano. Com a aproximação do verão e das férias escolares, período de grande movimento no setor, o empresariado procura novos funcionários, mas tem tido dificuldades para fazer novas contratações.
A pesquisa da Abrasel apontou também que, para 89% dos empresários, a maior dificuldade para preencher as vagas está relacionada à falta de qualificação dos candidatos.
“Apesar do setor manter um crescimento nas contratações ainda há lacunas não preenchidas. Por isso é importante a adoção de estratégias criativas que busquem atrair e reter bons funcionários. Além disso, um caminho possível para o setor é o investimento em automações e usos práticos de inteligência artificial”, comenta o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci.
De acordo com ele, nos últimos cinco anos, a transformação do setor foi profunda, especialmente com a chegada da pandemia, que obrigou o setor a uma adaptação rápida à digitalização e ao delivery. A relação com o cliente também mudou drasticamente.
“Hoje, com o digital, o contato direto se perdeu, e o cliente tem uma participação mais ativa, buscando informações online, opinando sobre o serviço e compartilhando em redes sociais. Isso se trata de uma dinâmica de mercado que exige uma nova postura. O setor, que historicamente não era intensivo em tecnologia, agora é um dos mais conectados, precisamos de pessoas preparadas para lidar com novas tecnologias”, afirma Solmucci.