SERRA DAS ALMAS
Beach Park adota área em reserva natural para compensar suas emissões de CO²
Por Marcelo - Em 08/01/2024 às 1:00 PM
O Beach Park adotou 20 hectares da Reserva Natural Serra das Almas (RNSA) – localizada entre os municípios de Crateús (Ceará) e Buriti dos Montes (Piauí) – por meio da Associação Caatinga (AC), entidade não governamental sem fins lucrativos, que atua há 22 anos na conservação das terras, florestas e águas da caatinga. Uma ação para compensar a emissão de gás carbônico (CO²) na atmosfera.
Com os 20 hectares adotados, o complexo turístico conseguirá compensar a emissão de 732,22 toneladas de gás carbônico equivalente (tCO²e) em 2022 no parque aquático – contabilizadas em inventário realizado pelo destino turístico no período –, mostrando a quantidade de emissões diretas do local, como o uso de geradores, recargas de ar-condicionado e extintores, efluentes e energia elétrica.
A compensação na reserva cearense também fez o Beach Park obter o selo ‘Protetor Serra das Almas’ – categoria Onça Parda, com validade de um ano – contribuindo para ações de proteção e conservação da biodiversidade da serra, já reconhecida pela Unesco como ‘Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Caatinga’ por abrigar uma representativa biodiversidade do bioma preservada e pela sua interação e estímulo ao desenvolvimento sustentável de comunidades rurais do seu entorno.
Dessa forma, de acordo com a gerente de Sustentabilidade Raissa Bisol, o Beach Park está apoiando, entre outros benefícios ambientais, a emissão evitada de 5.320 toneladas de carbono (que são emissões que teriam sido liberadas caso a adoção da área não ocorresse) e ajudando na manutenção de 15 milhões de litros de água nos 20 hectares da Reserva da Serra das Almas.
“Isso significa que a adoção da área garante recursos financeiros para a proteção de nascentes de água e o resguardo de espécies ameaçadas de extinção, evitando sua degradação e reduzindo problemas ambientais graves, como os efeitos do aquecimento global e garantindo água limpa para pelo menos 40 comunidades próximas”, diz Raissa.
A adoção dos 20 hectares da Reserva também fortalece o compromisso do Beach Park, empresa participante do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), a exemplo do ODS 13 – Ação contra a Mudança Global do Clima.
“A parceria do Beach Park com a Associação Caatinga fortalecerá nosso compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, além da conservação da Caatinga e incentivo aos vários programas socioambientais realizados pela AC com as comunidades locais”, avalia Raissa Bisol.
Compromisso
Em 2022, o Beach Park compensou, pela primeira vez, 141 toneladas de carbono equivalente emitidas pelo parque aquático no ano anterior, ao adquirir créditos de carbono (que equivalem a um certificado que garante que toneladas de carbono foram impedidas de ser lançadas na atmosfera) oriundos do Projeto Envira Amazônia – protegendo 39 mil hectares de floresta tropical, próximo à cidade de Feijó (Acre).
“Na época, nós ainda não tínhamos uma parceria no Ceará com um projeto para compensação de carbono. Neste ano trabalhamos muito e tivemos a satisfação de poder compensar no nosso próprio estado, ao apoiar um projeto da Associação Caatinga, assim valorizando e contribuindo com a biodiversidade de um bioma 100% brasileiro, que é a caatinga, e que ocupa cerca de 70% da Região Nordeste”, explica a gerente de Sustentabilidade do Beach Park.
Além de neutralizar, o Beach Park já procura deixar de emitir CO² por meio de boas práticas, como a destinação dos resíduos sólidos: 97% todos os resíduos do complexo vão para a reciclagem ou são transformados em novos produtos, como papelão, sabão, adubo orgânico, artigos de artesanato e sacos plásticos. E assim, o complexo investe numa gestão focada em práticas sustentáveis, a fim de prevenir impactos adversos de suas atividades na natureza e na sociedade.
“O Beach Park possui uma trajetória de compromisso com a preservação da água e a mitigação de impactos ambientais. Há sete anos o parque aquático é certificado na Norma ISO 14001 (Sistema de Gestão Ambiental), desde 2022 possui a Certificação Lixo Zero e em 2023 foi recertificado com 97% de reciclabilidade de seus resíduos sólidos, pelo do Instituto Lixo Zero Brasil (ILZB)”, lembra Raissa Bisol.
Quanto ao uso de água, todo o recurso utilizado em banheiros e cozinha segue para a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), que funciona 24 horas/dia, gerando cerca de 4.300 m³/mês de água para irrigação das plantas do complexo de lazer e entretenimento.