Retomada do Turismo
Beach Park trabalha para reabertura segura, seguindo padrões internacionais
Por Pompeu - Última Atualização 14 de maio de 2020
Ao longo de mais de trinta anos, o Beach Park se tornou referência quando o assunto é complexo turístico e de lazer. É impossível falar sobre o Ceará e, de pronto, não lembrar do empreendimento. A estrutura conta com mais de 200.000 m² e une parque aquático temático, três resorts e um hotel, além de um agradável espaço na praia.
“Para se ter ideia do crescimento, estávamos num ritmo de crescimento de 20% ao ano e cerca de 1 milhão de turistas visitantes/ano somente no parque. As previsões de ocupação para a hotelaria também seguiam animadoras”, quem nos afirma é Murilo Pascoal, CEO do Beach Park Entretenimento. Com o início da pandemia ocasionada pelo Coronavírus e como medida preventiva para o enfrentamento a essa situação, o parque foi fechado no dia 19 de março. “Ninguém imaginava que enfrentaríamos uma pandemia dessa magnitude. Nosso trabalho agora é minimizar os riscos financeiros, trabalhar na manutenção dos nossos equipamentos enquanto estamos fechados e nos planejar para o futuro”, revela Murilo.
Comprometimento do turismo
De acordo com o CEO, o turismo foi um dos poucos setores que praticamente parou por completo. Segundo aponta, todos estão sentindo os efeitos econômicos da pandemia, desde o pequeno, médio até o grande negócio. “É o momento do poder público, em todas as esferas, olhar com mais atenção para o setor turístico. A situação fez com que as principais associações nacionais do setor se unissem em torno de uma ‘carta aberta’, que foi levada ao Governo Federal. No documento, contabilizam R$ 14 bilhões de prejuízos no setor de turismo desde o início da crise, com 295 mil demissões, impactando sobre 571 atividades econômicas dependentes do segmento, que abriga cerca de 7 milhões de empregos, entre diretos e indiretos, representando 8,1% do PIB nacional”, explica.
Previsão de reabertura e medidas a serem adotadas
Murilo Pascoal nos explana que, nesse momento, não existe nenhuma previsão de reabertura. Além disso, ressalta que não é o instante ideal para se ter pressa. Muito do que vem sendo feito em outros países vem servindo para embasar o trabalho desenvolvido pela equipe do Beach Park.
“Temos olhado as questões práticas que outros países estão tomando – e que estejam mais adiante na questão do combate à pandemia – , como a China, onde a Disney reabriu seu complexo em Xangai, na última segunda-feira, 11. Lá, os parques ficaram fechados de janeiro até agora, em torno de três a quatro meses. A gente imagina que aconteça algo semelhante aqui, avaliando as questões locais e acompanhando projeções oficiais. Comparando com o que já aconteceu, este pode ser o cenário de uma possível abertura”, diz.
Murilo afirma que, apesar de o complexo não estar aberto ao público, diversas medidas essenciais estão sendo tomadas para que, tão logo tudo volte à normalidade, o serviço continue a ser oferecido com a máxima eficiência e segurança possíveis.
“O que estamos fazendo é nos preparando para este momento de voltar a funcionar: revendo a operação e todos os possíveis protocolos de segurança que precisaremos adotar. Com relação a água utilizada nos brinquedos, por exemplo, estamos seguros, porque estudos apontam que o cloro extingue qualquer tipo de contaminação. O parque fica em um ambiente amplo, aberto, arejado e iluminado. Essas são as nossas vantagens”, completa.
Conforme assevera Pascoal, atualmente, estão trabalhando junto com todo o setor de parques, atrações turísticas e hotelaria do Brasil e do mundo na definição das novas medidas para proteger clientes e colaboradores. “Nosso objetivo, enfim, é o de retomar a operação do Beach Park de maneira segura, tranquila e com as melhores práticas executadas no mundo pós-pandemia. Estamos concentrados na reabertura através da implantação de todos os protocolos necessários a partir dessa nova realidade. E, como eu disse, não há pressa”, completa.
A mesma prática vem sendo adotada com relação aos hotéis, Vila Azul do Mar e Restaurante de Praia, que também não possuem previsão de reabertura.
Responsabilidade social
O fechamento do Beach Park não impediu o complexo de ser socialmente responsável. Tanto que, no fim de março, foi lançada uma campanha de doação de 50 toneladas de alimentos e bebidas à população mais carente da região de Aquiraz, onde milhares de famílias vivem do turismo.
“Já doamos 42,56 toneladas até o momento. Os interessados em contribuir podem acessar o site do Beach Park. Toda a operação está sendo montada em conformidade com as orientações da OMS e do Ministério da Saúde de modo a proteger a saúde da população que receberá as doações. Além disso, desde a coleta e a manipulação dos alimentos até o armazenamento e a distribuição estão sendo feitos com equipe treinada e protegida com os equipamentos de proteção individual necessários”, explica Pascoal.
Perspectivas pós-pandemia
De acordo com o CEO do Beach Park Entretenimento, o desafio de volta à normalidade será grande. Entretanto, o otimismo é o que garante que o turismo de lazer será retomado a curto prazo, principalmente, porque as pessoas estão em casa, sem ver amigos e familiares.
“Olhando de uma maneira mais ampla, na hora que as pessoas puderem, elas vão procurar experiências como o Beach Park. Nosso desejo e esforços são para que o turismo no Ceará se recupere com brevidade e continue a garantir experiências memoráveis para todos os visitantes, além de geração de emprego e renda para milhares de cearenses. No que depender de nós, faremos a nossa parte. O nosso negócio é movido a inovação. Estamos olhando para a frente, sempre planejando novas atrações. Estamos trabalhando para um retorno com muitas novidades”, revela.