REVELA OXFAM

Bilionários aumentaram sua fortuna em US$ 2 trilhões em 2024

Por Redação - Em 20/01/2025 às 8:48 AM

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No último ano, os bilionários acumularam cerca de US$ 2 trilhões adicionais em riqueza, o equivalente a aproximadamente US$ 5,7 bilhões por dia

Os bilionários do mundo se tornaram ainda mais ricos em 2024, enquanto a situação dos mais pobres permanece estagnada. Essa é uma das conclusões de um estudo apresentado pela Oxfam, ONG que combate a desigualdade social e a pobreza, no primeiro dia do Fórum Econômico Mundial, realizado nos Alpes Suíços.

O relatório intitulado “Takers Not Makers” revela que, no último ano, os bilionários acumularam cerca de US$ 2 trilhões adicionais em riqueza, o equivalente a aproximadamente US$ 5,7 bilhões por dia. Esse ritmo de enriquecimento é três vezes mais rápido do que o observado em 2023. Como resultado, quase quatro novos bilionários surgiram a cada semana de 2024, aumentando o total global para 2.769, um incremento de 204 pessoas.

Por outro lado, o estudo aponta que o número de pessoas vivendo na pobreza praticamente não mudou desde 1990, de acordo com dados do Banco Mundial. A Oxfam destaca que a disparidade entre os super-ricos e os mais pobres continua a crescer, com as elites acumulando riquezas a uma velocidade sem precedentes.

A ONG também chama atenção para o contexto da pesquisa, que foi divulgada no mesmo dia da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, e no início das reuniões do Fórum Econômico Mundial. “A captura da nossa economia global por um seleto grupo privilegiado atingiu níveis antes inimagináveis”, afirmou Amitabh Behar, diretor-executivo da Oxfam Internacional. “A falha em deter os bilionários agora está gerando futuros trilionários. Não apenas a taxa de acumulação de riqueza dos bilionários acelerou, mas também seu poder.”

Diante desse cenário alarmante, a Oxfam sugere a criação de um imposto global sobre os super-ricos. A organização defende que a política tributária global se alinhe a uma nova convenção tributária da ONU, garantindo que as pessoas e corporações mais ricas paguem sua cota justa. Além disso, a ONG propõe a abolição dos paraísos fiscais, que facilitam a concentração de riquezas.

Em números, o estudo revela que os bilionários agora detêm cerca de US$ 14 trilhões em ativos, com um aumento de US$ 2 trilhões em um único ano. “Este é o segundo maior aumento anual na riqueza bilionária desde que os registros começaram”, destaca o relatório. A pesquisa também ressalta que, mesmo que os dez homens mais ricos do mundo perdessem 99% de sua fortuna, ainda assim continuariam a ser bilionários.

A Oxfam alerta que, sem uma intervenção significativa, a desigualdade continuará a crescer, com implicações profundas para a justiça social e a estabilidade econômica global.

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