O recurso é proveniente do Programa BNDES Mais Inovação e busca aumentar a produtividade e competitividade no setor

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 257,9 milhões para a Acelen, que implantará o Acelen Agripark, um centro de inovação tecnológica focado na pesquisa e desenvolvimento da macaúba, planta nativa do Brasil com alto potencial energético.

Este projeto faz parte da estratégia da Acelen para produzir diesel renovável (RD) e combustível sustentável de aviação (SAF). Este é o primeiro financiamento do BNDES voltado especificamente para o desenvolvimento de SAF no Brasil, considerado o “combustível do futuro”.

O recurso é proveniente do Programa BNDES Mais Inovação e busca aumentar a produtividade e competitividade no setor, que possui grande potencial para exportação. O projeto permitirá o desenvolvimento de novas mudas de macaúba, seleção de plantas com maior potencial de produção de óleo e a estruturação de um banco de germoplasma. A tecnologia possibilitará a escolha das melhores plantas para produção de sementes e melhoramento genético.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância do financiamento, afirmando que o banco, sob o governo do presidente Lula, mantém sua relevância na transição energética, apoiando iniciativas que promovem impacto social e ambiental.

Localizado em Montes Claros (MG), o centro de inovação será responsável por toda a pesquisa necessária para a biorrefinaria de combustíveis, com capacidade de germinação de 1,7 milhão de sementes mensais e produção de 10,5 milhões de mudas anualmente. A localização foi escolhida por sua boa infraestrutura e proximidade com maciços naturais de macaúba, o que contribui para a competitividade do projeto. A nova unidade deve gerar 240 novos empregos.

A diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, destacou que o projeto é uma oportunidade para o Brasil se tornar um líder na produção de combustível sustentável de aviação e na transição climática. O centro de inovação será instalado em terras degradadas desde 2007, e o projeto promete um forte impacto social e econômico na região.

O investimento total do projeto integrado da Acelen é estimado em US$ 2,7 bilhões, prevendo a produção de 20 mil barris/dia de combustível renovável, captura de quase 60 milhões de toneladas de CO2 equivalente e criação de mais de 90 mil empregos. A estratégia envolve o cultivo de 180 mil hectares em Minas Gerais e na Bahia, com 20% da produção oriunda da agricultura familiar, beneficiando mais de dez mil famílias.

O CEO da Acelen, Luiz de Mendonça, enfatizou que o Acelen Agripark destaca o potencial da inovação agroindustrial no Brasil, posicionando a empresa como uma das grandes produtoras de combustíveis renováveis do mundo. Ele afirmou que a Acelen está comprometida em acelerar a transição energética global por meio de um ecossistema integrado e sustentável.