A carteira de pedidos da Boeing permaneceu em US$ 511 bilhões durante o trimestre

A Boeing divulgou, nesta quarta-feira (23), seu balanço do terceiro trimestre de 2024, revelando um prejuízo líquido de US$ 6,17 bilhões. Este valor supera significativamente o prejuízo de US$ 1,64 bilhão reportado no mesmo período do ano anterior. O prejuízo ajustado foi de US$ 10,44 por ação, acima da previsão de US$ 10,35 feita por analistas da FactSet e também maior do que a estimativa anterior da empresa, que era de US$ 9,97.

A receita da empresa caiu 1% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 17,84 bilhões, que ficou acima da expectativa de US$ 17,82 bilhões, segundo a FactSet. O fluxo de caixa livre da Boeing era negativo em US$ 2,0 bilhões no fim de setembro, melhor do que a previsão de uma posição negativa de US$ 2,41 bilhões.

A carteira de pedidos da Boeing permaneceu em US$ 511 bilhões durante o trimestre. O CEO da empresa, Kelly Ortberg, que assumiu o cargo em agosto, declarou que o retorno ao status de liderança no setor aeroespacial exigirá tempo.

Recentemente, o Wall Street Journal informou que a Boeing busca levantar US$ 10 bilhões por meio da venda de ações para melhorar sua situação financeira. Após uma reação inicial positiva ao relatório financeiro, as ações da Boeing caíam 0,86% no pré-mercado em Nova York, às 8h55 (horário de Brasília).

Os investidores também estão atentos à votação de um acordo provisório destinado a encerrar a greve de maquinistas nos EUA. A unidade sindical que representa 33 mil trabalhadores votará uma proposta que inclui um aumento salarial de 35% ao longo de quatro anos, um bônus de ratificação de US$ 7.000 e contribuições adicionais para aposentadoria.