MERCADO DE AÇÕES

Bolsa argentina lidera valorização global em 2024; Ibovespa tem maior queda desde 2015

Por Redação - Em 03/01/2025 às 2:16 PM

Bolsa De Valores, Ações Foto Freepik

Além disso, o índice brasileiro apresentou uma queda de 10,36% em moeda local, superando apenas o recuo do índice IPyC do México, que teve uma retração de 13,72% em pesos mexicanos FOTO: Freepik

O índice S&P Merval, da Argentina, teve um desempenho notável em 2024, apresentando uma valorização de 114,91% em dólares, liderando o ranking entre 21 indicadores financeiros analisados pela consultoria Elos Ayta. Este ganho marca a maior valorização do índice desde 2003, quando o Merval havia registrado um aumento de 134,14%, refletindo uma recuperação econômica robusta no país.

A forte valorização do índice argentino ocorre em um momento de significativa recuperação econômica, impulsionada por uma série de medidas fiscais e o restabelecimento da confiança do mercado. Com isso, o S&P Merval se destaca em um ano de volatilidade global, atraindo investidores que buscaram retornos mais expressivos.

Em contraste, o principal índice do mercado brasileiro, o Ibovespa, registrou uma desvalorização de 29,92% em dólares, a maior queda desde 2015, quando o índice recuou 41,03%. A pesquisa revela que o desempenho negativo do Ibovespa foi influenciado por uma combinação de fatores adversos, com destaque para a forte valorização do dólar no Brasil, que subiu cerca de 27% ao longo do ano, a maior alta desde 2020. Esse movimento cambial prejudicou o desempenho das ações brasileiras quando cotadas em moeda estrangeira.

Além disso, o índice brasileiro apresentou uma queda de 10,36% em moeda local, superando apenas o recuo do índice IPyC do México, que teve uma retração de 13,72% em pesos mexicanos. O desempenho do Ibovespa também se alinha ao de outros mercados latino-americanos, como o IPSA do Chile, que enfrentaram instabilidades econômicas e políticas durante 2024.

A pressão cambial também afetou o mercado mexicano, onde o índice IPyC sofreu uma queda de 29,77% em dólares, sua pior performance desde 2008, quando o recuo foi de 40,20%. A desvalorização do peso mexicano foi um dos fatores que contribuíram para o mau desempenho do mercado mexicano no período.

Por outro lado, mercados europeus como a Alemanha (+12,66%) e a Bélgica (+9,03%) apresentaram ganhos em dólares, refletindo uma recuperação econômica moderada no continente. No entanto, alguns índices europeus ficaram no vermelho, como o CAC 40 da França (-7,32%) e o PSI de Portugal (-5,49%), que terminaram o ano com perdas, em parte devido às incertezas políticas e econômicas que ainda afetam a região.

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