ALTA DE 13,1%
Bradesco registra lucro líquido de R$ 5,2 bilhões no 3º trimestre
Por Redação - Em 31/10/2024 às 5:06 PM
O Bradesco anunciou um lucro líquido recorrente de R$ 5,225 bilhões no terceiro trimestre de 2024, marcando um aumento de 13,1% em relação ao mesmo período do ano passado e uma alta de 10,8% em comparação ao segundo trimestre deste ano.
O crescimento das receitas com prestação de serviços, impulsionado pela consolidação dos resultados da Cielo—controlada em parceria com o Banco do Brasil—contribuiu significativamente para o desempenho. O banco também observou um crescimento mais modesto na margem financeira e uma redução nas provisões, resultado da queda da inadimplência.
O retorno sobre o patrimônio líquido atingiu 12,4%, um aumento de 1,1 ponto porcentual em um ano e de 1 ponto porcentual em relação ao trimestre anterior. O Bradesco fechou o terceiro trimestre com R$ 2,077 trilhões em ativos, um crescimento de 7,6% em relação ao ano anterior. O patrimônio líquido foi de R$ 162,931 bilhões, com uma alta de 1,3% no comparativo anual.
Embora a margem com clientes—que reflete os ganhos em operações de crédito—tenha registrado uma queda de 1,3% em um ano, totalizando R$ 15,635 bilhões, houve um crescimento de 2,5% em relação ao trimestre anterior. Na tesouraria, o resultado foi de R$ 364 milhões, um crescimento expressivo frente aos R$ 23 milhões registrados um ano atrás.
A margem financeira total subiu 0,9% no terceiro trimestre em comparação ao ano anterior, alcançando R$ 15,999 bilhões, com uma alta de 2,7% em relação ao trimestre anterior. A carteira de crédito do Bradesco encerrou o trimestre em R$ 943,891 bilhões, apresentando uma alta de 7,6% em um ano e de 3,5% em relação ao trimestre anterior. As operações para pessoas jurídicas foram o principal motor desse crescimento, com um aumento de 11,2% impulsionado especialmente pelas pequenas e médias empresas, que cresceram 16,9%.
A taxa de inadimplência, medida pelos atrasos superiores a 90 dias, foi de 4,2%, uma queda de 1,4 ponto porcentual em um ano, com melhorias em todos os segmentos, especialmente no varejo, que inclui pessoas físicas e pequenas empresas.
As receitas com serviços também tiveram um desempenho positivo, aumentando 8,7% em um ano, totalizando R$ 9,904 bilhões, impulsionadas por cartões e operações de crédito. Sem a consolidação da Cielo, a alta anual teria sido de 5,1%, totalizando R$ 9,6 bilhões.
O presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, comentou que os resultados refletem o desempenho robusto do banco em todos os segmentos, enfatizando a necessidade de avanço com segurança. “O cenário macro apresenta desafios, mas o mix da nossa carteira de crédito é conservador, e as novas safras de crédito mostram boa qualidade”, disse ele. Noronha também destacou que a melhoria da inadimplência proporciona conforto para que o conglomerado continue avançando.