DIZ AGÊNCIA INTERNACIONAL
Brasil lidera geração de energia renovável na América Latina
Por Redação - Em 13/01/2024 às 12:03 AM
Com condições climáticas favoráveis e políticas de atração de investimentos, o Brasil tem de destacado no cenário mundial na produção de energia renovável, sendo apontado pela Agência Internacional de Energia (AIE) como líder no setor na América Latina. Conforme o relatório Renewables 2023, divulgado nesta semana pela AIE, a geração de energia renovável na América Latina deve ter um aumento de 165 gigawatts (GW) de 2023 a 2028, com o Brasil sendo responsável por mais de 65% desse total.
O relatório destaca ainda que o Brasil é responsável por quase 90% das adições de energia solar distribuída na América Latina. As projeções da Agência Internacional de Energia sugerem que o setor de energia solar distribuída no Brasil manterá essa trajetória ascendente, com adições médias superiores a 7 GW por ano até 2028.
“O sol, que tanto castigou o nosso povo, agora representa um tempo de mudanças e oportunidades para o Brasil e para América Latina, seja para a renovabilidade das nossas matrizes, ou para a construção de transições energéticas justas e inclusivas, gerando energias limpas, emprego e renda para nossa população. O comprometimento do País em liderar esse processo segue firme, guiando outros países em direção a um futuro mais justo e inclusivo”, destaca o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Segundo a AIE, o Brasil tem demonstrado resiliência ao buscar soluções inovadoras. A instituição internacional citou os leilões de transmissão como uma estratégia chave para conectar áreas de alto potencial de recursos renováveis com o restante do País. Só em 2023, foram quase R$ 40 bilhões em investimentos para construção, operação e manutenção de mais de 10 mil quilômetros de linhas, com destaque para região Nordeste e ampliação do escoamento para energia renovável.
Biocombustível
O relatório destaca ainda que o Brasil, em conjunto com outras economias emergentes, lidera o crescimento de biocombustíveis, superando a média dos últimos cinco anos em 30%.
O documento aponta que o País, isoladamente, contribuirá com 40% da expansão global de biocombustíveis até 2028, respaldado por políticas robustas nesse setor. O uso de biocombustíveis no transporte rodoviário permanece como a principal fonte de nova oferta, respondendo por quase 90% da expansão.
As expectativas positivas são reforçadas pelo anúncio de novas políticas como o Programa Combustível do Futuro, que devem impulsionar novos mercados e oportunidades de investimento, como os combustíveis sustentáveis de aviação.