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Caixa adia início de novas regras para financiamento imobiliário

Por Redação - Em 16/10/2024 às 4:09 PM

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A Caixa, que representa cerca de 70% dos financiamentos imobiliários no Brasil, comunicou que sua carteira de crédito habitacional ultrapassou R$ 800 bilhões FOTO: Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal informou o adiamento do início das novas regras de financiamento imobiliário, agora previsto para 1º de novembro. As alterações visam ajustar os valores de financiamento, levando em conta a demanda observada e o orçamento de crédito habitacional para 2024.

As novas regras se aplicam ao Sistema de Amortização Constante (SAC) e à tabela Price, abrangendo imóveis novos, usados, comerciais, construção individual e lotes urbanizados. No SAC, o financiamento, que antes cobria até 80% do valor do imóvel, passará a cobrir 70%. Na tabela Price, o limite será reduzido de 70% para 50%. O comprador não poderá ter financiamento ativo na Caixa, e o valor máximo do imóvel será de R$ 1,5 milhão. Imóveis adjudicados e de empreendimentos vinculados à Caixa não estão incluídos nas novas regras.

A Caixa, que representa cerca de 70% dos financiamentos imobiliários no Brasil, comunicou que sua carteira de crédito habitacional ultrapassou R$ 800 bilhões, com mais de 7 milhões de contratos ativos. Até setembro de 2024, o banco concedeu R$ 175 bilhões em crédito imobiliário, um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023, totalizando 627 mil financiamentos e beneficiando cerca de 2,5 milhões de brasileiros.

Em relação às contratações com recursos da Poupança (SBPE), a Caixa alcançou 48,3% no total de financiamentos do país, correspondendo a R$ 63,5 bilhões até setembro. As novas cotas de financiamento e o limite de R$ 1,5 milhão não se aplicam a unidades habitacionais de empreendimentos financiados pelo banco.

Com as novas regras, o consumidor que antes precisava de 20% do valor do imóvel para a entrada agora deverá ter 30% no caso do SAC e 50% na Tabela Price. O coordenador do curso de negócios imobiliários da FGV, Alberto Ajzental, destacou que a Caixa adotará uma postura mais seletiva devido à diminuição dos recursos disponíveis para empréstimos. A participação da poupança na formação das reservas para empréstimos caiu de 70% para 34%, resultando em retiradas anuais de R$ 80 bilhões e aumento dos custos de financiamento.

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