A inadimplência no crédito imobiliário, que constitui a maior parte da carteira de crédito da Caixa, caiu para 1,55%

A Caixa Econômica Federal anunciou uma redução geral na inadimplência de sua carteira de crédito no segundo trimestre de 2024, conforme os dados divulgados nesta quinta-feira. O índice de inadimplência, medido pelos atrasos superiores a 90 dias, caiu para 2,20%, uma diminuição significativa de 0,59 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado. Em comparação com o trimestre anterior, houve uma redução de 0,14 ponto percentual.

No entanto, a análise detalhada por segmento revela variações distintas nos índices de inadimplência. A carteira de crédito comercial, que apresenta o índice mais elevado, registrou 5,83% de inadimplência. Esse aumento de 0,5 ponto percentual em um ano foi impulsionado principalmente pelos créditos com recursos livres para empresas, que apresentaram uma inadimplência de 7,01%, marcando um crescimento de 1,1 ponto percentual no mesmo período.

Por outro lado, a inadimplência no crédito imobiliário, que constitui a maior parte da carteira de crédito da Caixa, caiu para 1,55%. Esse índice representa uma redução de 0,53 ponto percentual em um ano e uma queda de 0,17 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, evidenciando uma melhora significativa no setor.

O crédito para infraestrutura apresentou uma redução notável na inadimplência, que caiu de 3,67% em junho do ano passado para zero em junho de 2024. A Caixa atribui essa queda à baixa de operações de um cliente específico que impactava negativamente os índices em trimestres anteriores.

Em contraste, a carteira de agronegócio da Caixa viu um aumento na inadimplência, que chegou a 2,11% no final do trimestre. Esse crescimento de 1,64 ponto percentual em um ano foi causado principalmente pela compressão das margens dos produtores rurais, que optaram por postergar pagamentos até o lançamento do Plano Safra 2024/2025, em julho.

A análise desses dados sugere uma melhoria geral na gestão de crédito da Caixa Econômica Federal, apesar dos desafios específicos em certos setores. A instituição financeira continuará monitorando os índices e ajustando suas estratégias para manter a estabilidade e a eficiência em suas operações de crédito.