O plano de retomada da atividade econômica foi anunciado na tarde desta quinta-feira (28), pelo governador Camilo Santana, e terá cinco fases, sendo uma de transição iniciando na próxima segunda-feira (1º), indo até o dia 7. O único segmento com 100% do trabalho presencial liberado será o da cadeia da saúde. No total, 17 setores produtivos começarão a retornar ao trabalho na semana que vem.

Camilo Santana disse que é preciso cumprir os decretos                          Foto: Divulgação

Englobará, ainda, as cadeias industriais da construção civil, química, metalomecânica, saneamento e reciclagem, comunicação, serviços de apoio, artigos do lar, agropecuária, tecnologia da informação, logística e transporte, todos com 30% de trabalho presencial. Já os setores calçadista, têxtil, energia, móveis e madeira, e automotivo, contarão com 20% de ações presenciais. Também foram liberadas nesta fase de transição a atividades de atletas de esportes individuais, bem como jogadores dos clubes que disputam a final do Campeonato Cearense de Futebol.

Envolverá 66.975 postos de trabalho, tendo 67,0% concentrados na Região Metropolitana de Fortaleza, e será uma espécie de teste para avaliação de resultados, com alguns critérios a serem cumpridos e que serão avaliados pela Sesa, para partir para a próxima fase. Posteriormente, seguem mais quatro fases, com 14 dias de duração cada, envolvendo novos setores e percentuais distintos, mas sempre seguindo os critérios estipulados pelos especialistas da saúde.

Na Fase 1, por exemplo, que vai do dia 8 ao dia 21, serão aumentados para 40% os volumes de funcionários atuando de forma presencial, bem como inseridos dois setores do comércio como serviços de higiene e limpeza, bem como outros produtos, como papelarias, livrarias, doces, brechós.

A Fase 2 inicia em 22 junho, indo até 5 de julho, deverá liberar 100% a atuação presencial na indústria química, de calçados, metalomecânica, saneamento, além das cadeias de energia elétrica e construção civil. Também serão inseridas as atividades de assistência social e alimentação fora do lar (restaurantes das 9 às 16 horas), com 40% de trabalho presencial, bem como 20% das atividades religiosas.

Funcionamento de shoppings será autorizado na Fase 3, a partir de 6 de julho

Na Fase 3, de 6 a 19 de julho, será liberada 100% da operação dos setores têxtil e roupas, inclusive lojas de shopping centers, comunicação, serviços de apoio, artigos do lar, agropecuária, moveleira, TI, logística e transporte, comércio e serviços de higiene e limpeza, cadeia automotiva. O setor de alimentação fora do lar atingirá 50% de trabalho presencial e ainda será liberado o funcionamento noturno de restaurantes e liberado 50% dos funcionários das barracas de praia. Atividades religiosas também poderão ser realizada com 50% de sua capacidade.

Já na Fase 4, que terá seu início no dia 20 de julho, se completam todos dos setores produtivos, sendo liberado ainda o funcionamento de escolas, academias, clubes, shows e espetáculos. As atividades religiosas também poderão ser feitas com 100% de suas capacidades. Nesta fase também serão liberadas as atividades de turismo e eventos, como feiras, congressos, festas e serviços turísticos em geral.

O governador fez anúncio, junto com o secretário de Saúde, Dr. Cabeto e o secretário de Planejamento e Gestão, Flávio Ataliba, seguindo uma série de critérios baseados na capacidade do sistema de saúde estadual, número de internações, letalidade, bem como a questão territorial.

“Todo esse plano será entregue oficialmente à sociedade, com o detalhamento, para que todos possam ter conhecimento. Mas o mais importante é que para esse plano possa funcionar é fundamental respeitarmos os decretos e esse plano. Não adianta a gente começar a abrir e, daqui a pouco, os casos começarem a aumentar e aí teríamos de retroceder”, destacou Camilo Santana.

Asseverou que é necessário que as empresas e a própria população façam tudo com muito critério, para que não seja necessário retroceder no planejamento que foi feito. “Queremos muito retomar a economia, o emprego, a geração de oportunidades, mas vamos ser rigorosos. Para cada fase dessas vai ter uma avaliação dos especialistas da saúde e no caso das escolas vão retornar na quarta fase, a partir de julho”, reforçou Camilo Santana.

O chefe do Executivo estadual afirmou, também, que vai sugerir o isolamento rígido para alguns municípios do interior cearense, pois esta é a melhor medida para conter a velocidade de propagação do coronavírus e garantir que o Estado possa ampliar o seu sistema de saúde.

O secretário de Saúde disse que a partir do isolamento social reduziu significativamente o número de casos em todo o Ceará, inclusive na Capital. E que a relação do fluxo de trabalho tem ligação direta com o volume de casos confirmados, inclusive de óbitos.

“Isso não é uma abertura. Vamos passar por uma fase de transição e é preciso muita responsabilidade. Como o governador colocou, estão em jogo vidas e a gente não pode retroceder. Para que não haja retrocesso é preciso haver obediência”, asseverou Dr. Cabeto.

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