O presidente do Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (Simagran), Carlos Rubens Alencar, esteve esta semana na Itália, onde participou de um dos maiores eventos globais do setor de pedras exóticas e ornamentais, a Marmo+MAc 2023. Trata-se de uma das mais importantes feiras mundiais dedicada à cadeia produtiva, desde a pedreira ao produto processado, das tecnologias e máquinas às ferramentas. Realizada entre os dias 26 e 29 deste mês, no Veronafiere, reuniu numa área de 80.000 m², 1.400 expositores (58% deles internacionais) e recebeu mais de 50.000 visitantes nos quatro dias (65% deles de outros países), aumentando a sinergia entre arquitetos, engenheiros, construtores, decoradores e designers, principalmente.

Carlos Rubens destaca a relevância do setor de rochas no Ceará

Carlos Rubens foi buscar no evento as últimas novidades do setor, que serão apresentadas na sétima edição da Fortaleza Brazil Stone Fair (FBSF), a ser realizada entre os dias 8 e 10 de novembro, no Centro de Eventos do Ceará (CEC). A feira que acontecerá em Fortaleza vai apresentar os principais novidades do setor de rochas ornamentais e revestimentos, mostrando todo potencial da cadeia produtiva de mármores e granitos cearenses. Atualmente, o Ceará é o terceiro maior exportador de rochas ornamentais do Brasil, com cerca de R$ 200 milhões (US$ 40 milhões) exportados em 2022, sobretudo em blocos para a Itália e China e chapas polidas para os EUA.

O Estado também é o maior fornecedor de matéria prima bruta para o Espírito Santo, principal exportador brasileiro, com volumes que correspondem a aproximadamente R$ 250 milhões anualmente. “O Ceará é a principal fronteira dos quartzitos, que são muito resistentes à abrasão, destacando-se o Taj Mahal que é a principal grife mundial das pedras naturais, além da Perla Venata e da Perla Santana”, resslta o presidente do Simagran.

A mineração das rochas ornamentais no Ceará também contribui para o desenvolvimento do interior do Estado, gerando emprego e renda na zona rural nas cidades de Uruoca, Santa Quitéria, Itaitinga, Massapê, Santana do Acaraú, São Gonçalo, Sobral, Coreaú, Morrinhos, Banabuiú, Mombaça, Aiuaba, Canindé e Granja. “As perspectivas de crescimento para esses municípios e, consequentemente, para o Estado são excelentes. Estamos avançando na logística de transportes de grande volume e, com isso, reduzindo os custos, o que irá atrair novas indústrias e possibilitar o envio de peças beneficiadas, já não mais em estado bruto, para outros estados e países”.

Outro diferencial das rochas do Estado está na questão da sustentabilidade, com as tecnologias mais avançadas, sem utilização de explosivos e com planos de recuperação das áreas degradadas em consonância com os centros mais avançados. “A FBSF vai mostrar para o mundo as belezas das rochas do Ceará e fomentar ainda mais a economia local”, explica. Destaca, ainda, que cerca de 75% dos produtos da cadeia produtiva de mármores e granitos destinam-se às obras civis, incluindo as públicas. “É um material resistente, de fácil manutenção, de qualidade indiscutível e beleza impressionante. As rochas ornamentais cearenses são o que temos de melhor em revestimento em todo o mundo”, conclui o presidente do Simagran.