Após registrar um saldo de 9.605 novos postos de trabalho em junho, o emprego formal cearense mantém sua trajetória de crescimento pelo quinto mês consecutivo. O Ceará ficou em segundo lugar entre os estados nordestinos que mais geraram vagas, ficando atrás somente da Bahia (13.079). Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, divulgados nesta quinta-feira (28). O desempenho é proveniente da relação entre o número de contratações com carteira assinada (46.208), que superou o de demissões (36.603).

Maia Júnior comemorou os resultados do emprego formal no Ceará                    Foto: Portal IN

De acordo com o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior, a curva de recuperação do nível de emprego começou em julho de 2020, com um ou outro mês negativo. Tanto que, em 2021, foi atingido o maior saldo da geração de empregos no Ceará. No acumulado de janeiro a maio deste ano, comparado com igual período do ano passado, houve um crescimento de cerca de 30%. E a tendência é que o resultado do primeiro semestre deste ano seja bem superior ao de 2021.

“Vale salientar que os últimos meses do ano são os melhores na questão da geração de postos de trabalho formais. Porque a indústria se prepara para as festas de fim de ano e o comércio também é bastante impactado. O setor de serviços teve um crescimento significativo, assim como todos os outros que compõem a nossa economia, inclusive a agricultura, pois existem culturas que têm duas safras anuais. E os setores de eventos e turismo também estão em franca recuperação. Então deveremos ter um ano muito bom na geração de empregos no Ceará”, afirmou.

E lembrou que por quatro meses o Estado foi o maior gerador de empregos do Nordeste, só perdendo duas vezes para a Bahia, que tem uma economia mais robusta. “O Ceará tem atraído grandes investimentos, especialmente devido aos Hubs tecnológicos, portuário, de logística, graças ao grande trabalho do ex-governador Camilo Santana e da professora Izolda Cela, muito bem planejado para alcançar esses objetivos, que ao meu ver estão chegando precocemente. E com o Hub de Hidrogênio Verde, gás natural e energias renováveis, inclusive offshore, teremos resultados cada vez mais positivos, gerando muitos postos de trabalho de melhor valor agregado, com maiores salários, para desenvolver e reter o capital humano”, destacou Maia Júnior.

Durante o período, embora todos os setores tenham registrado saldos positivos, os números são provenientes, principalmente, do setor de serviços (5.090), seguido da construção civil (1.831), comércio (1.535) e indústria (1.037). O nível do emprego formal atingiu o total de 1.220.458 postos de trabalho com carteira assinada, no Ceará.

No Brasil

Em nível nacional, o mês de junho teve um saldo de 277.944 empregos com carteira assinada, segundo balanço do Novo Caged, resultado de 1.898.876 de contratações e 1.620.932 demissões. O estoque total de trabalhadores celetistas aumentou 0,67% em relação ao resultado de maio deste ano, passando de 41.729.858 para 42.013.146.

Na média, os salários iniciais de quem foi admitido em um novo emprego em maio foi de R$ 1.922,77. No acumulado deste ano, foi registrado saldo de 1.334.791 empregos, decorrente de 11.633.347 admissões e de 10.298.556 desligamentos (com ajustes até junho).