Paulo Rabelo, Ricardo Cavalcante, Júnior Araújo e Josenildo Costa, após a entrega dos certificados

Em prestigiada solenidade na Casa da Indústria realizada nesta quarta-feira (24), o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), realizou a entrega do Selo ESG-FIEC a mais três empresas cearenses – Benatêxtil, Jaguatêxtil e Multicor –, que conquistaram essa importante certificação internacional. Afinal, todo o processo é auditado pelo Bureau Veritas, considerado um dos principais organismos certificadores do mundo.

“Estamos realizando a entrega do Selo ESG-FIEC a três empresas do setor têxtil, mas hoje há uma diferença pois estamos certificando uma pequena empresa. Isso mostra que para você ter o ESG, estar dentro dessa regulamentação que o mundo todo está cobrando, não precisa ser grande. Hoje, a Benatêxtil está recebendo o nosso selo, junto com outras duas empresas do setor têxtil. Já estamos com 38 empresas inscritas e acreditamos que daqui há dois meses deveremos ter mais cinco ou seis recebendo o nosso selo”, afirma Cavalcante.

Ricardo Cavalcante ressaltou que a certificação ESG é internacional

Ele salienta, ainda, que esses números demonstram que a FIEC está muito preocupada com a questão do ESG e, principalmente, os industriais cearenses estejam focados e trabalhando forte para receberem essa relevante certificação. “Nosso Selo ESG-FIEC é reconhecido internacionalmente. Tem o mesmo valor daquele que o Bureau Veritas entrega nos Estados Unidos, na Europa ou na Ásia. A empresa que recebe hoje este selo, tem o reconhecimento em qualquer lugar do mundo. Fomos a primeira federação do País a implantar este selo e estamos trabalhando em outras seis federações para ajudá-las a implementá-lo. Ficamos muito felizes por essa resposta que os industriais cearenses estão dando para essas três grandes letrinhas que estão dominando o mundo”, completa Ricardo Cavalcante.

Os ganhadores

Segundo o empresário Paulo Rabelo, presidente da Benatêxtil, destacou a jornada de trabalho para essa conquista, pois obter o Selo ESG-FIEC não é tão simples como retirar conquistar uma certificação ISO, por exemplo. “É uma cultura organizacional que se instalou em nossa empresa. As boas práticas de ESG não surgem da noite para o dia, elas vêm através da cultura da organização. Trabalhamos a cerca de 13 anos nessa cultura e a certificação vem ratificar que estávamos no caminho certo. Como a gente está à frente do Sindroupas, temos de liderar pelo exemplo, mostrando ao mercado que isso é possível. E quero agradecer aos meus pais – José Hilcatã e Selene Maria -, pelos exemplos que sempre me inspiraram e pela confiança em meu trabalho”, salienta.

Para Júnior Araújo, diretor Industrial da Jaguatêxtil, a conquista do Selo ESG-FIEC é motivo de muito orgulho para toda a empresa. “Está sendo muito importante esse momento, não só para a Jaguatêxtil quanto para a Multicor, que são duas empresas de um mesmo grupo econômico sediado em Jaguaruana. Todo o trabalho feito foi em conjunto e até conseguimos obter este selo em tempo recorde, pouco mais de um ano. Com o suporte da FIEC, que foi fundamental e o trabalho da consultoria Métrica. Sem elas isso não seria possível”, revela. Já Josenildo Costa, diretor Comercial da Multicor, foi enfático. “Queria agradecer à FIEC pelo apoio, a todos os colaboradores da nossa empresa, principalmente os que estão presentes aqui, por essa conquista”.

Representantes da FIEC, ganhadores do selo e a secretária Vilma Freire (vestido rosa), durante o evento 

A titular da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Vilma Freire, ressaltou que a população mundial não tem mais tempo para conversar sobre a redução dos gases de efeito estufa (GEE), mas sim para agir, e agir para ontem. “Parabéns doutor Ricardo, por mais uma vez o senhor liderar e protagonizar uma história no nosso Estado. Um estudo revelou que em 50 anos a Terra deve estar inabitável, e muita gente não acredita nisso. Só que esta é uma realidade nua e crua, estamos estudando isso, estamos preocupados. A redução dos GEE que o doutor Ricardo implantou aqui nesta Casa é um compromisso que temos com o planeta e cada um tem de fazer dentro das suas empresas, a fim de minimizarmos os efeitos das mudanças climáticas”, assevera.

Para Alcileia Farias, coordenadora do Núcleo ESG-FIEC, a certificação de uma empresa como a Benatêxtil é algo a ser celebrado. “Para gente é um momento muito especial por termos a primeira MPE com uma classificação além das outras. Já entregamos cinco selos para empresas de pequeno e micro portes, mas a Benatêxtil obteve uma classificação superior. É bom lembrar que esta classificação não é dada pela FIEC, mas por uma organização internacional, por meio de um árduo processo de auditoria. A Benatêxtil consegue a nota ‘C’ no ambiental, além da ‘B’ no social e na governança. Vamos trabalhar para que ela vir para o triplo ‘A’, que é a melhor classificação, na próxima recertificação que acontecerá daqui a dois anos”, completa Alcileia.