INFLAÇÃO

Cesta de Natal fica 9,16% mais cara em 2024

Por Redação - Em 20/11/2024 às 12:01 AM

Ceia De Natal, Cesta De Natal, Festas De Fim De Ano Foto Freepik

O principal vilão dos aumentos foi o azeite de oliva, que registrou uma alta de 21,30%, seguido pelo lombo de porco com osso, com aumento de 19,72% FOTO: Freepik

Os preços dos itens tradicionais da Cesta de Natal apresentaram um aumento expressivo em 2024, com alta de 9,16% em relação ao ano anterior. De acordo com a prévia do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o valor médio da cesta de produtos subiu de R$ 402,45 em dezembro de 2023 para R$ 439,30 em novembro deste ano.

O principal vilão dos aumentos foi o azeite de oliva, que registrou uma alta de 21,30%, seguido pelo lombo de porco com osso, com aumento de 19,72%. No entanto, nem todos os produtos da cesta tiveram elevação nos preços. O panetone de frutas cristalizadas, por exemplo, teve uma leve queda de 1,60%.

O coordenador da pesquisa da Fipe, Guilherme Moreira, destacou o impacto das variações climáticas sobre o aumento dos preços das carnes, especialmente no caso do pernil e filé mignon, que subiram 17,80% e 16,87%, respectivamente. O pesquisador apontou que eventos climáticos severos, como o setembro excepcionalmente seco e as queimadas em algumas regiões do país, prejudicaram a produtividade no campo, afetando a oferta e encarecendo diversos produtos.

“Os eventos climáticos de setembro e outubro, especialmente a seca em setembro, reduziram a oferta de produtos agrícolas, com reflexos diretos no aumento do preço das carnes”, explicou Moreira.

Além das carnes, outros itens típicos das festas de fim de ano também apresentaram alta, como as frutas. O pêssego, por exemplo, ficou 13,79% mais caro, enquanto o morango teve um aumento de 12,02%. O suco de laranja, por sua vez, sofreu um aumento de 16,19%, reflexo da baixa produtividade da fruta devido à seca e à alta demanda para exportação. A uva também ficou mais cara, com um aumento de 4,49%.

Em contrapartida, um dos poucos itens da cesta que teve queda foi a farofa, com uma redução de 7,23% em seu preço.

O cenário reflete uma combinação de fatores climáticos e de mercado que tem pressionado a inflação de alimentos no Brasil, especialmente para as famílias que se preparam para as festas de fim de ano. A expectativa é que os preços sigam em alta até o final de 2024, tornando as compras de Natal mais onerosas para o consumidor.

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