Cid Gomes intensifica as articulações para a eleição da presidência do Senado
Por Admin - Em 28/01/2019 às 9:25 AM
Após uma semana de intensas articulações em torno da eleição da Mesa Diretora do Senado, em Brasília, o senador Cid Gomes(PDT) aterrissou sexta-feira (25), em Fortaleza, e seguiu diretamente para o apartamento do prefeito Roberto Cláudio, onde se encontrava a alta cúpula do partido no Ceará.
Sua intenção é juntar 12 partidos e uma maioria de 50 senadores em um único bloco ainda antes da eleição interna, em 1º de fevereiro. A ideia é aproveitar a força do grupo para propor mudanças e permitir maior distribuição de poderes entre a presidência da Casa e a Mesa Diretora.
Até agora, o bloco informal liderado por Cid antes mesmo de sua posse é formado por quatro siglas, PDT, PSB, PPS e Rede. O irmão de Ciro Gomes (PDT-CE), derrotado no primeiro turno da disputa presidencial de outubro, tem se aproximado de lideranças de outras sete agremiações: PP, PTB, PSC, PSDB, PSD, Podemos, PRB e DEM. Nas conversas, eles discutem a criação de um agenda única tanto para a reestruturação de algumas dinâmicas internas do Senado como para a análise de pautas consideradas importantes para o País.
Tasso Jereissati(PSDB-CE) é o nome da preferência de Cid Gomes. Entretanto, o senador cearense terá que se viabilizar, articulando com seus pares de outros partidos.
A ideia é tentar construir consenso para que algumas das mudanças sejam encaminhadas já na eleição do Senado, marcada para o dia 1º de fevereiro. A principal delas visa repartir os poderes da presidência da Casa com os outros ocupantes da Mesa: primeiro e segundo vice-presidentes, além de quatro secretários.
“Conversei com um senador que reclamou não conseguir pautar um único projeto para votação. Todos os poderes ficam na mão da presidência”, afirmou Cid. O modelo a ser seguido seria igual ao da Câmara dos Deputados, no qual os outros ocupantes da Mesa têm atribuições específicas.
Eleição no Senado
Outra medida discutida é inverter a forma como acontece o pleito interno. Em vez de eleger primeiro o presidente do Senado, Cid tem consultado os senadores dessas bancadas para que os parlamentares comecem escolhendo quais legendas vão comandar comissões permanentes e mistas no Senado, “com base na competência”. Em seguida, os senadores iriam definir os ocupantes da Mesa Diretora, passando pela vice-presidência e, só depois, a eleição do comandante máximo. Na prática, isso permitirá ao grupo maior poder de barganha para garantir espaços importantes na Casa.
Caso haja um entendimento entre esses partidos, Cid não descarta também que o “Blocão” do Senado apresente ainda um candidato para a disputa da presidência da Casa, com a restrição de que ele não será este nome. Esse é um dos motivos pelo qual o senador cearense não tem tentando uma aproximação com o MDB de Renan Calheiros (AL) e Simone Tebet (MS). Segundo ele, a interpretação de que o partido de ambos deve ficar com o comando do Senado é um impeditivo para a entrada dos emedebistas no bloco, mesmo a legenda se declarando independente em relação ao Palácio do Planalto.
“Na Câmara, 90% de chances de ser (reeleito) o Rodrigo Maia(DEM-RJ). No Senado, ainda muito indefinido…”, entregou Cid.
Roberto Cláudio, Antônio Henrique e Cid Gomes
Foto: Portal IN- Balada In